Trabalhadores da mina de níquel Onça Puma, da Vale, localizada em Ourilândia do Norte, no Pará, temem que a paralisação das atividades afetem diretamente os empregos da região. A paralisação ocorre desde o mês de fevereiro após a licença de operação ser suspensa pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), após decisão do Governo do Pará.
Sindicatos de trabalhadores se manifestaram com preocupações sobre a paralisação da mina, apontada na ação como fundamental à economia local. “Caos social de uma tragédia anunciada”, disse um dos sindicatos, o Metabase Carajás. A mesma entidade afirmou que a suspensão causa “pânico para centenas de trabalhadores”.
No último dia 7 de maio, a Vale anunciou férias coletivas a 108 funcionários. A decisão foi vista com preocupação pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas nos Estados do Amapá e Pará (Stieapa).
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, marcou para o próximo dia 27 uma audiência de conciliação na tentativa de resolver o impasse. A decisão de Barroso atende a pedido apresentado pela Vale e pela Mineração Onça Puma.
A produção de níquel de Onça Puma respondeu por cerca de 10% do total produzido pela Vale desse minério no ano passado. A Vale afirmou que a suspensão da exploração coloca em risco 2 mil empregos diretos e gera prejuízo diário estimado de R$ 16,6 milhões.
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