Um vídeo gravado por um cliente de uma unidade do supermercado Líder, na rodovia Augusto Montenegro, em Belém, viralizou em grupos de troca de mensagem. Na gravação, um agente de segurança anda pelos corredores do supermercado denunciando a humilhação de ter sido advertido por outros funcionários, após pedir cubos de gelo para tomar com água, pois segundo ele alega, não havia água gelada para os funcionários.
A redação do portal diogenesbrandao.com procurou a notícia nos maiores veículos de imprensa do Pará, mas não consta nada sobre o ocorrido. Talvez o motivo desse silêncio ensurdecedor da imprensa local, seja o fato do Líder ser um dos maiores anunciantes destes veículos e seus jornalistas foram orientados a não noticiar fatos negativos à imagem do grupo empresarial.
O grupo Líder, uma das maiores empresas atacadista e varejista do norte do Brasil diz em seu site que “se orgulha de ser uma organização paraense que busca a excelência nas suas atividades”.
Um outro funcionário do grupo Líder enviou mensagem privada revelando que trabalha em uma outra unidade, 8 horas por dia, com apenas um dia de folga por semana e que recebeu como salário pouco mais de 800 reais, já que sua remuneração de um salário mínimo sofre descontos com impostos e vale-transporte, entre outros.
BURNOUT
Em recente publicação, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aponta que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Na maioria das situações, o adoecimento resulta de uma combinação de fatores relacionados ao trabalho, como altas demandas, falta de controle sobre o ofício, conflitos interpessoais, falta de apoio e desequilíbrio entre vida profissional e pessoal.
A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho e afeta quase todas as facetas da vida do paciente. Os sintomas incluem exaustão física e emocional, despersonalização e diminuição do desempenho profissional.
Até o fechamento desta matéria nenhuma entidade de Direitos Humanos, sindicato, central sindical, partido, ou órgão público havia se manifestado sobre o fato.
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