Um dos maiores projetos de incentivo ao esporte do Pará foi oficialmente apresentado nesta quarta-feira (16): a Superliga do Pará. O torneio, que movimentará cerca de 15 mil jovens de 75 municípios, foi lançado em evento no auditório da Estácio IESAM, em Belém, com a proposta de transformar o futebol amador em uma ferramenta de protagonismo juvenil, inclusão social e desenvolvimento local.
A competição, que começa ainda em abril, será dividida em duas fases: municipal e regional. Cada cidade contará com 8 a 16 equipes, que disputarão entre si para definir um vencedor local. Esses times avançarão para a etapa regional, culminando em uma grande final com os 12 campeões das regiões paraenses.
Durante o evento de lançamento, o presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, anunciou uma medida inédita: todos os clubes profissionais do Pará deverão contratar pelo menos dois jogadores que se destacarem na Superliga. As bolsas dos atletas serão custeadas pela FPF, o que garante visibilidade e suporte financeiro aos talentos revelados.
Com realização da Organização Paraense de Administração Pública (OPA), patrocínio da Equatorial Pará e apoio da FPF, Ministério do Esporte e Governo Federal, a Superliga se destaca não apenas como torneio esportivo, mas como um instrumento de transformação social.
De acordo com Roberto Ramalho, presidente da OPA, a expectativa é atingir diretamente 20 mil pessoas e até 40 mil de forma indireta. “As inscrições estão abertas por meio das ligas municipais e não há limite de idade. A partir de 18 anos, todos podem participar”, explicou.
Envolvendo regiões de difícil acesso, como ilhas, o torneio será um desafio logístico, mas promissor. Para Lucivaldo Souza, presidente da liga municipal de Muaná, o apoio atual é essencial: “Antes não tínhamos esse tipo de parceria. Agora conseguimos explorar o potencial do futebol amador, onde surgem os craques dos grandes clubes do Brasil”.
Fortalecendo o sentimento de orgulho municipal, Fábio Miranda, representante da liga do Acará, comemorou: “Temos oito equipes prontas para participar. É uma oportunidade de mostrar nossa realidade e revelar nossos talentos, desde o sub-17 até veteranos cinquentões”.
Garantindo a viabilidade da iniciativa, Michelle Miranda, porta-voz da Equatorial Pará, destacou que o patrocínio nasceu da percepção de que o esporte pode ser vetor de transformação. “Estamos levando inclusão, acessibilidade e sonho a mais da metade dos municípios do Pará”, afirmou.
Leia também:
Deixe um comentário