O Sindicato dos Servidores Administrativos, Técnicos e de Apoio do Pará (Sinsatap) formalizou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), pedindo investigação sobre um possível superfaturamento em obras voltadas à realização da COP 30, em Belém. O pedido foi divulgado nas redes sociais do sindicato por meio de um vídeo do ex-deputado federal Arnaldo Jordy.
No vídeo, Jordy argumenta que duas obras de canalização, com extensão de mil metros cada, custariam quase R$ 500 milhões, um valor que, segundo ele, supera o orçamento de três grandes projetos urbanos somados, como o canal de São Joaquim (R$ 163 milhões), a duplicação da Estrada Nova (R$ 192 milhões) e o Parque Maguari (R$ 46 milhões). O ex-deputado defendeu a importância do evento para a região, mas destacou a necessidade de fiscalização dos recursos públicos.
O Sindicato dos Servidores Administrativos, Técnicos e de Apoio do Pará (Sinsatap) formalizou uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), pedindo investigação sobre um possível superfaturamento em obras voltadas à realização da COP 30, em Belém. pic.twitter.com/J62MQIvGeK
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) March 4, 2025
A equipe de reportagem do Estado do Pará Online (EPOL) solicitou um posicionamento do MPF, que disse: “O Ministério Público Federal (MPF) informa que instaurou notícia de fato para apurar o caso. O MPF solicitou informações à Polícia Federal para verificar a pré-existência de outros inquéritos policiais para investigar as mesmas irregularidades denunciadas e aguarda resposta para definir as próximas medidas a serem adotadas”.
A Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP), respondeu a reportagem por meio de nota e informou que os valores das obras da COP 30 foram estabelecidos com base em estudos técnicos detalhados, incluindo levantamento de quantitativos e custos de insumos, utilizando referências do SINAPI, SICRO e a tabela Seop. A execução das obras é fiscalizada por diversas instituições, como Itaipu Binacional, Caixa Econômica Federal e BNDES, além de órgãos de controle como o Tribunal de Contas. A transparência é garantida por meio de relatórios, inspeções e plataformas públicas.
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