Servidores públicos estaduais e municipais protestam nesta terça-feira (15), em Belém, para cobrar respostas do governo do Estado e da Prefeitura em relação a pautas salariais e de valorização profissional. Os dois atos ocorrem em diferentes pontos da capital, sem diálogo efetivo com as autoridades até o momento.

Na frente da Seaster, servidores estaduais ligados ao Sindfepa cumprem o segundo dia de paralisação. A mobilização pressiona por uma gratificação de desempenho cuja negociação com o Estado travou após a categoria atender às exigências feitas previamente. Segundo o presidente do sindicato, Kleofas Dias, o secretário Inocêncio Gasparin não compareceu ao local e liberou os funcionários, temendo os efeitos da manifestação.
Em contato com nossa redação, sindicalistas envolvidos na manifestação alegam que o ponto central de reivindicação da categoria é a aprovação do projeto de Gratificação de Desempenho da Assistência Social, Trabalho e Renda.
O projeto de valorização da categoria se arrasta por 10 anos, sendo que o secretário Inocêncio Gasparin é filiado ao Partido dos Trabalhadores e foi indicado pelo senador Beto Faro, presidente reeleito do diretório estadual do PT-PA, que silentes e fugindo das reuniões pautadas pelos servisores, frustam sindicalistas e trabalhadores ligados a partidos de esquerda.

Já em frente à Prefeitura de Belém, servidores municipais reunidos pelo Fórum de Entidades cobram o cumprimento de promessas de campanha feitas pelo prefeito Igor Normando (MDB), incluindo o pagamento do piso do magistério e da enfermagem, reformulação do PCCR, realização de concurso e garantia de que nenhum trabalhador receba abaixo do salário mínimo no vencimento-base. A adesão foi baixa e até o fim da manhã a comissão ainda aguardava ser recebida pela gestão.

Embora as mobilizações envolvam categorias distintas, ambas expressam frustração diante do silêncio institucional. O Estado e a Prefeitura não responderam aos pedidos de nota feitos pela reportágem do Estado do Pará Online (EPOL) até o fechamento desta matéria, tampouco se manifestaram publicamente até o momento.
Com poucas definições concretas, os servidores prometem manter a pressão. O Sindfepa já anunciou que pode retornar com novas ações no dia 5 de agosto, caso não haja avanço nas negociações.
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