"Se os apartamentos não estão prontos, por que entregam?" Diz moradora do Habitacional Santo Antônio, em Belém - Estado do Pará Online

“Se os apartamentos não estão prontos, por que entregam?” Diz moradora do Habitacional Santo Antônio, em Belém

Famílias afirmam que, apesar do anúncio de entrega feito pelo Governo do Pará em setembro, imóveis ainda não têm energia nem água e apresentam infiltrações e vazamentos.

Agência Pará

Mesmo após a cerimônia de entrega oficial do Habitacional Santo Antônio, realizada em 27 de setembro com a presença do governador Helder Barbalho e outras autoridades, moradores cadastrados no programa denunciam que ainda não conseguiram se mudar para os novos apartamentos. Segundo os beneficiários, as unidades apresentam problemas estruturais, além de falta de energia elétrica e abastecimento de água, o que inviabiliza a ocupação imediata.

De acordo com os relatos, apenas algumas famílias chegaram a receber as chaves, mas os imóveis continuam sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) até que sejam concluídos os reparos necessários. “Recebemos o documento com a promessa de entrega das chaves, mas como os apartamentos ainda não estão em condições de moradia, as chaves ficaram com a Seop”, afirmou uma das beneficiárias, que preferiu não ser identificada.

Os moradores relatam ainda que vários apartamentos apresentam infiltrações e vazamentos, comprometendo a estrutura e o conforto das famílias. “Se os apartamentos não estão prontos, por que anunciaram a entrega? Antes de mostrar na mídia, o governo deveria ter verificado se as moradias estavam realmente aptas para receber os moradores”, criticou uma beneficiária.

O conjunto habitacional, localizado na Terra Firme, foi construído na área do antigo curtume e faz parte do projeto de urbanização e macrodrenagem da Bacia do Tucunduba. A obra, iniciada em 2008 e retomada na atual gestão, tem investimento superior a R$ 90 milhões, com recursos do Tesouro Estadual. Ao todo, o empreendimento prevê 25 blocos residenciais e 400 unidades habitacionais destinadas a famílias reassentadas de áreas vulneráveis.

O Epol entrou em contato com a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) para comentar as denúncias, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação do órgão.

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