O jambu é uma planta nativa da região amazônica rica em fibras, vitamina C, ferro e potássio, nutrientes que ajudam a prevenir a anemia e a pressão alta, além de combater a prisão de ventre.
A professora Mônica Trindade Abreu de Gusmão, doutora em Agronomia e docente da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) conhece bem as propriedades da planta e há anos estuda as características, cultivo e produção do jambu. “É um alimento rico em ferro e vitamina C. As característica físico-químicas demonstram que em cada 100g de ramos, folhas e inflorescências do jambu são encontrados mais de 80% de água, além de carboidratos, lipídios, proteínas, ferro, vitaminas, sais minerais e fibras”, explica.
As propriedades podem ajudar a aliviar sintomas, assim como o uso de outras hortaliças. “O bem estar tem várias causas, inclusive a psicológica. Só resultados de pesquisa podem comprovar efeito benéfico ou não de uma substância. O conhecimento tradicional indica o jambu utilizado como produto fitoterápico em fortificantes, estimulador de apetite, anti-inflamatório, anti-helmíntico, analgésico, diurético, anestésico bucal, estimulante sexual , dentre outros. Mas ainda existem poucas pesquisas sobre aplicação farmacológica”, explica a pesquisadora.
A dormência, sentida por quem experimenta a planta, é causada por uma substância conhecida como Espilantol, que confere ao jambu sua característica anestésica, ou seja, aquela que dá a sensação de pungência, seguida de formigamento e entorpecimento.
“Além de aminas e antioxidantes, o jambú tem mais mais de 18 componentes no óleo essencial, entre eles o Espilantol, que é o maior interesse da indústria alimentícia, de bebidas e cosméticos. No momento existem várias empresas desenvolvendo protocolos para extração do Espilantol e sua exportação. Na indústria é utilizado em cosméticos e bebidas alcoólicas. Existem patentes internacionais que dão outros usos, como goma de mascar, creme e enxaguantes bucais e estimulantes sexuais. A cachaça e o licor já ultrapassaram as fronteiras nacionais”, diz.
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