O atacante Rossi ingressou na Justiça do Trabalho com uma ação contra o Paysandu Sport Club, na qual pede a rescisão indireta do contrato de trabalho, a extinção do vínculo esportivo e o pagamento de uma indenização superior a R$ 5 milhões. O processo já conta com decisão assinada pela juíza titular Vanilza de Souza Malcher.
Na ação, o jogador solicitou tutela provisória de urgência para que seja declarada, de forma imediata, a rescisão do Contrato Especial de Trabalho Desportivo (CETD). Também foi requerido o envio de ofícios à Federação Paraense de Futebol (FPF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com o objetivo de viabilizar uma eventual transferência para outro clube.
Detalhes do contrato
Segundo os autos, Rossi firmou contrato com o Paysandu com vigência entre 3 de janeiro de 2025 e 31 de dezembro de 2026, com salário mensal de R$ 100 mil. O acordo previa ainda um contrato de direito de imagem no valor de R$ 175 mil por mês.
O atleta alega que o clube passou a descumprir obrigações trabalhistas de forma recorrente, o que fundamenta o pedido de rescisão indireta.
Irregularidades apontadas no processo
Entre as irregularidades citadas na ação estão a falta de recolhimento do FGTS entre julho e outubro de 2025, o não pagamento dos valores de direito de imagem referentes aos meses de agosto, setembro e outubro de 2025, além do atraso do salário de novembro de 2025 e da primeira parcela do 13º salário.
Rossi também afirma que foi afastado das atividades regulares de treinamento, em meio à crise financeira enfrentada pelo clube.
Pedido analisado em caráter de urgência
Os argumentos apresentados pelo jogador embasam o pedido de rescisão indireta, instrumento previsto na legislação trabalhista quando há descumprimento das obrigações por parte do empregador. O requerimento foi analisado em caráter de urgência, diante da alegação de inadimplência reiterada.
Rossi foi anunciado como uma das principais contratações do Paysandu na temporada e, sendo paraense, defendeu pela primeira vez um clube do estado. A passagem foi marcada por início positivo junto à torcida, seguido de queda de rendimento ao longo do ano, acompanhando a campanha do clube na Série B, que terminou com o rebaixamento para a Série C.
Até o momento, o Paysandu não se manifestou oficialmente sobre o processo judicial.
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