Às vésperas da virada de 2025, viajar pelo Pará ficou mais caro. Levantamento do DIEESE/PA aponta que os custos com transporte estão, em média, 15% mais elevados neste período em comparação ao mesmo intervalo de 2024. O aumento é impulsionado pela maior demanda típica do Réveillon e, sobretudo, pelo reajuste das tarifas de embarque do Terminal Rodoviário de Belém, administrado pela SINART, que entrou em vigor em 5 de dezembro com alta de 15,32%.
Com o reajuste, as tarifas passaram, por exemplo, de R$ 1,14 para R$ 1,31 em viagens metropolitanas até 100 km; de R$ 2,63 para R$ 3,03 nas intermunicipais entre 101 e 200 km; de R$ 3,15 para R$ 3,63 acima de 201 km; e de R$ 5,06 para R$ 5,84 nas viagens interestaduais. O aumento impacta diretamente o valor final pago pelos passageiros justamente no período de maior deslocamento do ano.
Pesquisas realizadas pelo DIEESE/PA nos dias 26 e 27 de dezembro no Terminal Rodoviário de Belém mostram preços elevados em rotas intermunicipais: Abaetetuba (R$ 38), Barcarena (R$ 32), Bragança (R$ 92,15), Cametá (R$ 107,29), Capanema (R$ 68,03), Castanhal (R$ 14), Capitão Poço (R$ 75), Colares (R$ 35), Marudá (R$ 60), Marabá (R$ 175 a R$ 330), Paragominas (R$ 120 a R$ 160), Salinópolis (R$ 92,15), São Caetano de Odivelas (R$ 35), Tucuruí (R$ 146 a R$ 157,47) e Vigia (R$ 30).
Para Mosqueiro, a passagem urbana custa R$ 7,40, com gratuidade aos domingos e feriados. Já nas cooperativas, o valor gira em torno de R$ 15, quase o dobro do transporte regular. No transporte fluvial, as passagens a partir de Belém variam entre R$ 40 e mais de R$ 60 para destinos como Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras. Viagens mais longas, como Santana/AP e Manaus/AM, custam entre R$ 300 e R$ 450.
As passagens interestaduais também pesam no bolso: cerca de R$ 300 para São Luís/MA, R$ 705 para Brasília/DF, R$ 663 para Fortaleza/CE, R$ 963 para São Paulo/SP e R$ 980 para Rio de Janeiro/RJ. O DIEESE/PA alerta ainda que, em períodos de alta procura, é comum a redução de promoções e descontos.
Diante do cenário, o órgão reforça que a virada de 2025 será marcada por encarecimento generalizado dos deslocamentos. A orientação aos consumidores é planejar as viagens com antecedência, comparar preços entre modais e empresas e atentar às condições de venda, a fim de reduzir o impacto no orçamento familiar durante um período tradicionalmente marcado por maiores despesas.
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