Psiquiatra comenta caso de jovem suspeito de matar mãe a facadas em Itaituba

Segundo a Dra. Camilla Thamar, o surto psicótico pode ocorrer mesmo em pessoas que não apresentam sinais ou histórico familiar

A médica-psiquiatra Camilla Thamar divulgou, nas redes sociais, um vídeo em que explica detalhes sobre o suposto surto psicótico que um jovem teria tido ao matar a mãe com 8 facadas no último domingo, 13, em Itaituba, sudoeste do Pará.

Segundo a Dra. Camilla, o surto psicótico é uma desconexão da realidade que pode ocorrer mesmo em pessoas que não apresentam sinais ou histórico na família. “Nesse contexto, o jovem era descrito por familiares como uma pessoa calada, tranquila, que não tinha nenhum histórico de uso de drogas ou de grandes conflitos na família”, disse. “Durante um surto, a mente do paciente se encontra em um estado tão grande de desorganização que ele pode ferir amigos, familiares ou até causar danos físicos a si mesmo.”

A médica também apresentou dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que aponta que cerca de 3% da população irá apresentar um quadro de surto psicótico mesmo sem oferecer riscos à própria vida ou à saúde dos outros

Assista:

Entenda o caso – Na tarde do último domingo (13), Marília de Sousa Mendes, de 67 anos, foi morta com 8 facadas pelo filho, Igor de Sousa Mendes, em Itaituba, no sudoeste do Pará. O crime ocorreu horas após a família celebrar o batismo de Igor em uma igreja evangélica. Na ocasião, ele chegou a agradecer pela vida da mãe e disse que “ela era o amor da vida dele”. Horas mais tarde, Igor assassinou a vítima e foi visto por um vizinho correndo na rua, desorientado, com a faca ainda em mãos. A Polícia Militar foi acionada, mas Igor resistiu à abordagem e teria tentado atacar os agentes com a arma, mas foi baleado e encaminhado para um hospital, onde seguiu internado sem risco de morte.

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