Protesto de professores cancela inauguração da Usina da Paz em Castanhal

A inauguração da Usina da Paz de Castanhal, marcada para esta terça-feira (27), foi cancelada pelo governo do Pará. Segundo vídeo gravado por manifestantes presentes no ato, a decisão se deu após protestos de um grupo de professores estaduais contra o que classificam como o desmonte da educação pública no Pará. Os manifestantes criticaram o aparato policial destinado ao evento, com críticas à postura do governo de Helder Barbalho (MDB) em não ceder aos pedidos para revogação da Lei 0.820/2024 e por não exonerar o secretário estadual de Educação do Pará, Rossieli Soares.

Apesar de não termos confirmação sobre o real motivo do cancelamento do evento, o mesmo ocorreu em meio a uma série de protestos que têm marcado a gestão estadual. Além da manifestação dos professores, que já ocupam a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), indígenas de diversas etnias estão há mais de duas semanas na sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém. Ambos os grupos denunciam a precarização da educação pública e a falta de diálogo do governo.

Os professores criticam mudanças legislativas e cortes orçamentários, enquanto os indígenas pedem a revogação da Lei 10.820/2024, que institui aulas a distância em comunidades sem infraestrutura básica. Em ambos os casos, o uso de forças de segurança para dispersar os atos tem gerado denúncias de abusos.

Com a cidade de Belém se preparando para sediar a COP 30 em novembro, a tensão nas ruas contrasta com o discurso oficial do governo estadual de comprometimento com as causas sociais e ambientais. As manifestações trazem à tona um debate sobre as prioridades e os impactos da gestão Helder na vida das populações mais vulneráveis.

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