O convênio entre a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Científica permite que internos trabalhem com limpeza e manutenção, recebendo salário e somando dias para reduzir a pena.
É um trabalho que gera renda tanto para o custodiado quanto para a família dele. Até 50% do salário pode ir direto para quem está fora, ajudando no sustento. Outra parte fica guardada e é liberada quando o apenado sai do sistema”, explica Belchior Machado, diretor de Trabalho e Produção da Seap.
O salário pago aos participantes é de R$ 1.518,00, conforme determina a Lei de Execução Penal. Esse valor é dividido entre salário direto, poupança individual (pecúlio) e o fundo penitenciário.
Em atividade desde 2019, o projeto já beneficiou 36 pessoas privadas de liberdade. A iniciativa une reinserção social, geração de renda e combate à reincidência criminal.
Quem está participando reconhece o impacto positivo. “Eu me sinto feliz por ter essa oportunidade. Quero remir minha pena, sair e reconstruir minha vida. Agradeço a Deus por essa chance e quero ser uma nova pessoa”, afirma M.M.S.C., que atua nos serviços gerais.
Os custodiados são elogiados pelo desempenho nas atividades. “Eles entregam tudo com muita dedicação e qualidade. O trabalho ajuda no processo de mudança de vida e na volta à sociedade”, diz Celso Mascarenhas, diretor-geral da Polícia Científica.
M.O.G., outro interno, também acredita no valor da iniciativa. “Trabalhar me ajuda a refletir sobre o passado e corrigir meus erros. Quero estar pronto para voltar à vida normal com dignidade”, conclui.
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