A briga política no município de Capitão Poço vem interferindo diretamente na saúde da população. A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), publicou no Diário Oficial do Pará (DOE), a portaria n• 005/2023, que impede o Hospital de Maternidade do Povo de Capitão Poço de licitar com a administração pública para prestar serviços de assistência à saúde aos usuários do Sistema Único de Serviço (SUS).
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A medida seria uma forma do atual prefeito, João Tonheiro (PL), retaliar a atuação do deputado estadual e pré-candidato à prefeitura, Erick Monteiro (Federação Cidadania23/PSDB), que tem ligação direta com o hospital. O Hospital de Maternidade do Povo está desativado desde maio de 2023, por falta de apoio da prefeitura.
O hospital, fundado ainda no início da década de 1970, era responsável pela maioria dos atendimentos de Urgência e Emergência de pacientes oriundos do município de Capitão Poço e cidades vizinhas além de possuir uma das principais maternidades da região.
Paralelo a tudo isso, a gestão municipal é alvo de diversas denúncias e investigações que apontam para uma organização criminosa que age de forma contínua e em quase todas as áreas, inclusive com empresas de fachada, operadoras de esquemas de fraude e corrupção, que subtraem dos cofres públicos os recursos que fazem falta para o bom atendimento público.
Outro problema grave é a falta de apoio do governo estadual em resolver essa problemática na cidade. Em junho do ano passado, o governador do Pará, Helder Barbalho (MBD), e a vice-governadora, Hana Ghassan (MDB), asseguraram ao deputado Erick Monteiro que o Estado teria uma solução para a retomada do funcionamento do hospital, mas, até o momento, nada foi feito.
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