A decisão da Prefeitura de Belém de paralisar temporariamente o funcionamento do Hospital Veterinário Municipal Dr. Vahia para obras de reforma foi alvo de críticas de ativistas da causa animal, parlamentares e usuários. A medida foi interpretada como tentativa de desmonte de uma política pública essencial para a população de baixa renda; o prefeito Igor Normando (MDB), no entanto, negou que o hospital será fechado e afirmou que os serviços continuarão em uma unidade parceira durante as obras.
Parlamentares como a vereadora Vivi Reis (PSOL) protocolaram requerimentos cobrando informações sobre a justificativa técnica da reforma, prazos, orçamento e as ações previstas para evitar a interrupção do serviço. Nas redes sociais, protetores de animais e populares criticaram a falta de diálogo e transparência da gestão; em vídeo publicado neste sábado, Igor afirmou que a informação sobre o fechamento é falsa e que o hospital será modernizado para atender melhor os animais da cidade.
Um protesto foi convocado por entidades ligadas à causa animal para esta quinta-feira (7), em frente ao hospital, no bairro do Tapanã. A mobilização critica a falta de plano detalhado para a continuidade dos atendimentos e expressa preocupação com uma possível privatização do serviço; o prefeito, por sua vez, afirmou que os atendimentos seguirão gratuitos e anunciou a criação de uma clínica veterinária municipal e três trailers itinerantes para ampliar a rede.
O hospital opera com servidores e médicos-veterinários externos, prestando atendimentos diários, de segunda a domingo, além de serviços laboratoriais e campanhas de vacinação e castração. Em maio de 2024, a unidade já havia passado por uma obra de ampliação. Segundo tutores que utilizam os serviços do hospital, novas intervenções poderiam ser feitas sem a necessidade de paralisação do funcionamento.
A Prefeitura ainda não informou a data de início das obras nem os critérios para escolha da unidade credenciada que assumirá os atendimentos durante o período.
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