O bispo Dom José Ionilton, está apoiando a população do Marajó e defende a permanência de Dom Azcona na Prelazia do município, após a Nunciatura Apostólica no Brasil comunicar a saída do bispo emérito da região. O apoio, que já foi comunicado em áudio encaminhado aos marajoaras, foi firmado na última terça-feira (12) durante reunião do clero realizada em Belém.
As manifestações feitas pela população tem sido constantes, inclusive em uma carta de repúdio com nove páginas de assinaturas questionando os motivos da expulsão de Dom Azcona e dizendo que “a posse do novo bispo, com participação e adesão popular, pode estar seriamente comprometida”.
A reunião promoveu o encontro entre Dom Azcona e Dom José Ionilton, é anual e já estava marcada antes do anúncio da expulsão do bispo emérito, mas o assunto dominou as discussões. Segundo informações, nesta quarta-feira (13), os sacerdotes deverão assinar um manifesto em favor de Azcona que será encaminhado para a Congregação dos Bispos em Roma, que seria a responsável pela aposentadoria do mesmo.
Repúdio do povo
As manifestações em favor da permanência de Aszcona continuam sendo feitas em todo o arquipélago, de Breves a Soure. Os Marajoaras que apoiam e reconhecem o trabalho do bispo emérito assinaram nove páginas de uma carta de repúdio. Nela há condições sobre o apoio popular à posse de Dom José Ionilton à permanência de Dom Azcona na Prelazia.
“Destacamos o fato de que a posse do novo bispo, com participação e adesão popular, pode estar seriamente comprometida, uma vez que a revogação da proibição da permanência de Dom Azcona em solo marajoara é condição sine que non para que nós, o povo marajoara e todos que o respeitam, possamos superar este trauma inicial e proporcionar ao novo bispo um sentimento de acolhimento e adesão coletiva”, diz trecho da carta aberta.
A carta também questiona os motivos que levaram à expulsão de Dom Azcona e trata o assunto como “uma condenação obscura, injusta e sem precedentes”, além de reforçar a perseguição ao citar outra condenação imposta pelo arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira:
“De forma incompreensível, também esse direito lhe é negado através de uma determinação do senhor Arcebispo da capital paraense que em um ato de contra testemunho, falta de exercício da humanidade, da fraternidade, da compreensão e do diálogo, o proíbe de presidir a celebração de missas em Belém, desconsiderando integralmente o que foi notabilizado no Concílio Vaticano II, quando afirma que Cristo tornou os Bispos sucessores dos apóstolos, participantes da sua própria consagração e missão. E que estes possuem a missão de transmitir legitimamente o múnus do seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos. Que pecado abominável cometeu Dom José para sofrer tão absurda punição?”.
Com informações: Notícia Marajó
Leia também:
Deixe um comentário