Política Pará: A nova coluna de notícias de Diógenes Brandão

Aldo Rebelo e Diógenes Brandão
Aldo Rebelo e Diógenes Brandão, em evento na FAEPA.

ESTRONDO

O jornal O Liberal mexeu uma pedra que estremeceu a torre onde fica a sede da TV RBA, do jornal Diário do Pará, bem como das rádios pertencentes ao grupo político que manda e desmanda no Pará e pode reiniciar uma guerra, que há tempos não viámos mais, entre as famílias Maiorana e Barbalho.

APOIO DO AGRO

É que a coluna Repórter 70 trouxe a notícia de que o ex-ministro Aldo Rebelo vai se mudar para o estado do Pará, a fim de se candidatar a cargo majoritário, ou seja, para governador ou senador. Muito prestigiado pelos produtores rurais, tendo participado de diversos debates e reuniões da poderosa FAEPA, Aldo pode ocupar um espaço deixado pelos políticos bolsonaristas que andam desacreditados pelo setor produtivo, que nutre a esperança de ter um representante no poder executivo com capacidade e determinação de enfrentar os desafios que não são resolvidos pelo atual governador, aliado do PT e fiel a Lula, quem o setor não engole de jeito algum.

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Em O Liberal.com

Com o lema “Pará é dos paraenses”, além de princípios como o da soberania e o desenvolvimento da Amazônia, Aldo Rebelo disse que “um Estado tão rico não pode ter o seu povo na pobreza”.

QUE VENHA AGOSTO!

O fim das férias chegou e com ele a pré-campanha eleitoral, visando as eleições municipais de 2024. Muitos prefeitos procuram profissionais para dar o “start” em busca da reeleição ou para preparar a campanha de seus sucessores. As prefeituras contam com equipes de comunicação, mas elas geralmente não dão conta do dia a dia institucional e da organização do processo pré-eleitoral, que envolve formatação das estratégias, análises de dados, articulações políticas e todo o arcabouço comunicacional e financeiro para a guerra política que se avizinha.

CRISES E O FOGO AMIGO

Quem está na oposição também busca identificar as demandas da população e os pontos fracos dos gestores municipais que buscam vencer nas eleições do ano que vem. E por falar em pontos fracos, a maioria dos prefeitos sofrem sem profissionais competentes para enfrentar e gerenciar crises, ainda mais faltando um ano para as eleições, onde pipocam denúncias, brigas entre secretários, assessores e vereadores e até o chamado fogo-amigo.

NOVAS OPÇÕES

Quatro meses depois de nos revelar que seria pré-candidato a prefeito de Belém, Bob Fllay voltou a comunicar com exclusividade ao nosso portal, que já tem mais dois partidos para se apresentar como pré-candidato a prefeito de Belém.

PTB NA ÁREA

Mesmo sob críticas por ter mantido suas atividades como humorista e digital influencer, o parlamentar eleito pela primeira vez vereador de Ananindeua em 2020 e como deputado estadual em 2022, resolveu sair do PDT e se filiar no PTB, hoje liderado pelo ex-deputado Márcio Miranda, que também trouxe o delegado federal Eguchi para o partido.

CAPITAL POLÍTICO

Eguchi é lembrado e bem citado em todas as pesquisas de intenção de votos para prefeito, realizadas em Belém. Isso ocorre desde quando ele concorreu às eleições municipais pela prefeitura, em 2020. Mesmo sem apoio da maioria dos partidos políticos, Eguchi surpreendeu e chegou na disputa do segundo turno com Edmilson, que se não fosse pela intervenção política de Helder Barbalho, teria sido derrotado pelo delegado.

DUPLA DE DOIS

Márcio Miranda, Delegado Eguchi e Bob Fllay
Márcio Miranda, Delegado Eguchi e Bob Fllay recebem o presidente nacional do PTB, que reformula o partido no Pará, tirando-o das mãos de Igor Normando primo e fiel aliado do governo Helder Barbalho (MDB).

As pré-candidaturas de Bob Fllay e de Eguchi a prefeito de Belém incomoda muito mais do que se possa imaginar.

Se os dois mantiverem-se na disputa por Belém, mesmo em partidos diferentes, a ameaça aos planos de Edmilson Rodrigues (PSOL) e seus aliados, deve forçar a possibilidade de uma ruptura do “Tamo Junto por Belém” – estratégia político-eleitoral que ainda envolve o PSOL, PT e MDB. Para manter-se no controle político da capital paraense, Helder já acena inclusive conversar com Eguchi, dizem interlocutores.

Bob Fllay resiste ao assédio para se candidatar a prefeito em Ananindeua, onde mantém uma sólida relação política com o prefeito Dr. Daniel Santos (MDB), que consolidou-se como uma liderança política de peso no estado e conta com um dos maiores índices de aprovação popular.

O FUTURO A DEUS PERTENCE

Assim, se não for apunhalado, Dr. Daniel deve ser reeleito no primeiro turno nas eleições de 2024, conforme indicam todas as pesquisas eleitorais realizadas até agora, em Ananindeua. Resta saber como ficará depois disso, pois há quem não queria uma renovação política no tabuleiro político paraense, o que inevitalmente ocorrerá, um dia ou outro.

REJEIÇÃO E ALTERNATIVA

Mesmo com o apoio de Lula (PT) e Helder Barbalho (MDB) – e suas poderosas máquinas de fazer campanha – não será fácil convencer o eleitor belenense de que Edmilson Rodrigues merece uma nova chance para fazer a “Belém das Novas Ideias” sair do papel. Com índices de rejeição altíssimos, a aposta em um nome do PT começa a ser pensada como alternativa para a manutenção da prefeitura no comando político da chamada centro-esquerda.

CRISE INTERNA

Para os mais atentos, a possibilidade de Edmilson deixar o PSOL, como foi comentada, não passa de especulação e elucubração, inclusive com ajuda de vozes de dentro do seu partido, o qual segue dividido por conta da gestão desastrosa e incompetente, sobretudo no cumprimento de promessas e de bandeiras históricas da legenda, como a luta em defesa dos servidores públicos municipais, que seguem com o salário-base abaixo do salário mínimo. Uma vergonha, convenhamos!

MILHÕES, MAS MENOS

A deputada Renilce Nicodemos (MDB) foi orientada a não comentar e deixar cair no esquecimento, a “notícia” de que teria destinado R$ 3 milhões de reais de seus emendas parlamentares para shows do cantor Wesley Safadão, em alguns dos seus redutos eleitorais, em programações festivas neste verão. Segundo fontes deste portal, o valor foi superfaturado por quem trouxe a notícia. Ou seja, não foram R$ 3 milhões.

QUEM VAI PAGAR A CONTA?

Pabllo Vittar
Pabllo Vittar e demais artistas nacionais e locais tiveram show cancelados, após decisão de um desembargador do Tribunal de Justiça acatar manifestação do Ministério Público do Estado do Pará. (Crédito: Reprodução/YouTube )

A decisão do desembargador Mairton Marques Carneiro, do Tribunal de Justiça do Pará de cancelar a programação de verão em Cametá trouxe um certo alívio para quem acreditou que estaria sendo feito uma economia de recursos, mas nem todo mundo ficou satisfeito, já que só de cachê de algumas atrações nacionais, falou-se em mais de R$ 1,5 milhão de reais. Ocorre que esse valor, como de praxes é pago antecipadamente. Ou seja, artístas como Pabllo Vittar, além do grupo baiano TimbaladaTonny Garrido e Dom Juan receberam seus cachês sem pisarem em solo paraense. E agora, quem vai devolver o valor para os cofres públicos?

NÃO VÚ PRA CAMETÁ

Alegando preconceito contra a diversidade sexual, representada pela participação da transex, Pabllo Vittar, o prefeito de Cametá, Victor Cassiano (MDB) sofreu uma derrota para os membros do Ministério Público, em seu intento de fazer como outros prefeitos paraenses, que contrataram artistas nacionais para animar as programações de férias em seus municípios e assim fizeram, “na manha”, como dizia a Senhorita Andreza, jovem de 21 anos, filiada ao PCdoB e que foi assassinada com diversos tiros em Belém, em Abril de 2017. O crime, como a maioria que ocorre com gente pobre e da periferia, até hoje não foi elucidado.

SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE

E por falar de crimes impunes e em Cametá, familiares do policial morto com um tiro, durante uma operação de perseguição a acusados de promoverem um assalto no município, clamam por explicações e por um resultado nas investigações sobre o crime.

Com a informação de que não foram piratas que mataram PM em Cametá e sim um tenente, revela policial, nosso portal bateu recorde de acesso ao questionar a versão de que o soldado da PM teria sido baleado em uma troca de tiro com os assaltantes, o que segundo testemunhas não ocorreu.

Finalizamos esta primeira edição da Coluna Política Pará, com um verso da Biblía direcionado aos soberbos:

¹³ Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”.
¹⁴ Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.
¹⁵ Ao invés disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”.

Tiago 4:13-15

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