Polícias iniciam trabalho de perícia nos nove corpos achados em barco no Pará

Na investigação também foram encontrados 27 aparelhos celulares que foram encaminhados para exame de perícia no instituto nacional de criminalística.

Foto: Reprodução

A Polícia Federal e a Polícia Científica do Pará realizaram o exame dos nove corpos que foram retirados da embarcação que foi encontrada próximo a Bragança. Os exames foram feitos na última quarta-feira (17). A atividade envolveu mais de 30 pessoas.

Foram feitos exames radiológicos, de vestes, pertences, documentos e adereços e exame médico legal com coletas de material para exames de DNA.

Os dados recolhidos foram enviados para o estado de Brasília onde será dada a continuação da investigação pelo Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal

Na investigação também foram encontrados 27 aparelhos celulares que foram encaminhados para exame de perícia no instituto nacional de criminalística.

Entenda e confira a linha do tempo do caso

Um barco foi encontrado à deriva, no último sábado (13) com alguns corpos já em decomposição, na baía do Maiaú, próximo à ilha de Canelas, na região nordeste do Pará, que dá acesso ao Oceano Atlântico. O Portal Estado do Pará On-line explica a linha do tempo com os principais acontecimentos e informações do caso.

Sábado – 13/04

Em um vídeo divulgado por alguns habitantes da região, filmado no momento em que a embarcação foi encontrada, fala-se que havia cerca de 20 corpos no barco, e que eles estariam já em estado avançado de decomposição.

Domingo – 14/04

A embarcação foi levada para a terra firme, no município de Bragança, no domingo (14). Os trabalhos de busca e resgate da embarcação com as vítimas transcorreram das 7h às 23h30, horário em que a equipe chegou ao porto de Vila do Castelo.

Durante o resgate do barco que transportava os corpos encontrados no Pará, realizado neste domingo (14), outro corpo foi encontrado nas águas.

Segundo informações preliminares, a vítima foi localizado na área da ilha do “Canela”, no caminho para Bragança, preso nas raízes do manguezal sem um dos olhos.

Participaram das ações uma embarcação da Marinha e um bote dos Bombeiros Militares de Bragança, e agentes da Guarda Municipal, Defesa Civil municipal, Polícia Científica do estado e Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e Trânsito de Bragança.

Segunda-feira – 15/04

Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Bragança para início dos trabalhos de identificação.

A perícia inicial, realizada em conjunto com a Polícia Científica do Pará, aponta que os documentos e objetos encontrados junto aos corpos eram de migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali. No entanto, é possível que as vítimas sejam de outras nacionalidades.

Para saber quem são as vítimas, a PF trabalha com os protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). O protocolo permite a identificação mesmo em estado de decomposição avançado, por meio da utilização de amostras de DNA, impressões digitais, características físicas, registros odontológicos e reconhecimento de objetos pessoais.

Terça-feira – 16/04

Na manhã desta terça-feira (16), os corpos dos imigrantes começaram o traslado para o IML de Belém. Enquanto isso, uma equipe permanece no local onde o barco foi encontrado para conduzir a perícia e esclarecer as circunstâncias das mortes.

Em pronunciamento oficial, a Polícia Federal confirmou que pelo menos 25 pessoas estavam na embarcação. A análise preliminar de documentos encontrados também indica que a embarcação partiu após o dia 17 de janeiro deste ano.

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