Polícia identifica trio suspeito de pichar área histórica em Belém - Estado do Pará Online

Polícia identifica trio suspeito de pichar área histórica em Belém

Um dos envolvidos confessou o crime e apontou os comparsas; pichações ocorreram próximo ao Forte do Castelo, na Cidade Velha

Divulgação

A Polícia Civil do Pará identificou os três suspeitos de pichar estruturas tombadas na área do centro histórico de Belém. Um deles se apresentou voluntariamente nesta segunda-feira (7), prestou depoimento e confessou participação no ato de vandalismo ocorrido na madrugada do último sábado (5), próximo ao Forte do Castelo.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural, vinculada à Demapa (Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal). O local alvo das pichações é reconhecido como patrimônio histórico e cultural, protegido por legislação federal.

De acordo com o delegado Edson Azevedo, diretor da Demapa, o crime foi motivado após um desentendimento durante um evento na Feira do Açaí. Um dos homens teria colado adesivos em uma pedra histórica e, após ser advertido, retornou com outros dois para pichar a área.

Durante a perícia, as autoridades encontraram assinaturas como “PTCK”, “SANTOS” e “GABZ” nas estruturas vandalizadas. A partir disso, foram cruzados dados de fontes abertas e fechadas para identificar os autores.

O trio vai responder pelo crime de pichação em bem tombado, previsto no artigo 65, §1º, da Lei de Crimes Ambientais, com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa. Caso se comprove dano ao patrimônio público, eles também podem ser enquadrados por dano qualificado, cuja pena varia de seis meses a três anos. Se houver indícios de organização entre os autores, poderão ainda responder por associação criminosa.

“Pichar monumentos públicos não é apenas infração administrativa. Quando se trata de bens tombados, a lei prevê punições mais severas”, afirmou o delegado.

A Polícia Civil segue em diligência para localizar os outros dois suspeitos. Informações que possam ajudar na investigação podem ser repassadas anonimamente pelo Disque-Denúncia, no número 181.

Leia Mais: