A Polícia Federal, em conjunto com o Ibama, desativou pela terceira vez o mesmo garimpo ilegal de ouro em Curionópolis, no sudeste do Pará. A nova ação ocorreu nesta quinta-feira (10), durante a terceira fase da Operação Novo Eldorado, que também desativou outros dois pontos de extração próximos. O garimpo já havia sido alvo de operações anteriores, em abril e julho de 2024, mas foi reativado ilegalmente.
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Quatro pás carregadeiras foram encontradas e serão inutilizadas, por não haver possibilidade de remoção. Dois mandados foram cumpridos nas residências dos suspeitos de coordenar a extração ilegal. Em uma delas, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de munições de diversos calibres.
A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 2 milhões das contas dos investigados. Segundo a PF, os suspeitos respondem por crimes ambientais e usurpação de bens da União.
A extração predatória de ouro na região tem provocado impactos ambientais severos, incluindo a contaminação de rios e do solo. Se antes o mercúrio era o principal agente poluidor, agora o cianeto tem sido usado no processo — um composto ainda mais tóxico, embora de degradação mais rápida.
“O garimpo ilegal não apenas destrói o meio ambiente, mas também afronta a autoridade pública e o sistema legal. A persistência dos criminosos exige ações firmes e contínuas”, informou a PF por meio de nota.
As ações integram um conjunto de esforços permanentes de repressão ao garimpo ilegal na região. A Operação Novo Eldorado é desdobramento de investigações iniciadas em 2023, como a Operação Boa Sorte, deflagrada em dezembro do mesmo ano.
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