Polícia confirma afastamento de PM de Goiás preso por tentativa de comprar criança no Marajó - Estado do Pará Online

Polícia confirma afastamento de PM de Goiás preso por tentativa de comprar criança no Marajó

Investigação aponta possível atuação em outros municípios.

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) confirmou que o policial militar preso na tarde desta terça-feira (2), suspeito de tentar comprar uma criança em Portel, no Marajó, está afastado de suas funções e agregado desde 28 de novembro. Em nota, a corporação informou que a Corregedoria acompanha o caso e que procedimentos administrativos disciplinares serão instaurados para apurar a conduta do agente. A companheira dele também foi presa.

Segundo a PMGO, a instituição irá colaborar integralmente com as autoridades do Pará e reforçou que não compactua com desvios de conduta de seus integrantes.

A Polícia Civil do Pará informou que instaurou um inquérito policial e que testemunhas estão sendo ouvidas para esclarecer o caso, que agora tem novas linhas de investigação sobre a atuação do casal em outros municípios da região.

O caso

O casal foi preso por equipes da Delegacia de Portel, da Superintendência Regional das Ilhas do Marajó, após denúncias de que estaria oferecendo dinheiro a um morador da cidade para intermediar a compra de uma criança. A delegada Fabiana Santos, responsável pela investigação, afirmou que os suspeitos já tinham tentado cometer o crime em Melgaço antes de seguir para Portel.

Durante ação disfarçada, os policiais flagraram o momento em que o casal verbalizou o valor da negociação, ocasião em que receberam voz de prisão pelo crime de tráfico de pessoas.

O homem se identificou como policial militar de Goiás. Na abordagem, uma arma de fogo foi apreendida. Eles estavam hospedados em um hotel no centro de Portel. Com o casal, foram localizadas também roupas de recém-nascido, fraldas, mamadeira e certidões de nascimento de bebês de outros estados, além de três celulares.

Uma criança de 8 anos, filha da suspeita, foi encaminhada ao Conselho Tutelar para medidas de proteção.

Atuação em outras cidades e novas diligências

De acordo com o delegado Paulo Junqueira, superintendente da região, o casal pode ter tentado cometer o mesmo crime em outras cidades do Marajó, como Melgaço e Cachoeira do Arari. Há indícios de que os suspeitos buscavam possíveis intermediadores oferecendo quantias em dinheiro para aquisição de recém-nascidos.

O delegado Hennison Jacob, diretor da Polícia do Interior (DPI), informou que as diligências continuam e que a Polícia Civil não descarta a hipótese de que uma rede criminosa esteja por trás das negociações.

“O homem e a mulher passaram pelos procedimentos cabíveis e estão à disposição da Justiça. A investigação avança para identificar outras possíveis vítimas e eventuais envolvidos”, afirmou.

As autoridades seguem coletando depoimentos e apurando novas denúncias para esclarecer totalmente o caso.

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