PF prende paraense acusado de planejar ataque a bomba no Aeroporto de Brasília - Estado do Pará Online

PF prende paraense acusado de planejar ataque a bomba no Aeroporto de Brasília

Condenado a mais de nove anos de prisão, ele foi capturado na terça-feira (9) e é apontado como um dos mentores do plano frustrado em dezembro de 2022.

A Polícia Federal (PF) prendeu na última terça-feira (9) o paraense George Washington de Oliveira Souza, acusado de planejar um ataque a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília. Ele estava foragido e foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por envolvimento no caso.

George foi entregue à Primeira Delegacia de Polícia Civil, na Asa Sul, por volta das 20h30. O mandado de prisão preventiva contra ele já estava em aberto.

O acusado é considerado um dos mentores do plano de atentado descoberto em 24 de dezembro de 2022, na véspera do Natal. O artefato explosivo, que teria sido transportado do Pará até a capital federal, foi colocado em um caminhão, mas não chegou a ser detonado por causa de um erro técnico.

As investigações apontam que as ações envolveram crimes de explosão, incêndio criminoso e posse ilegal de arma de fogo.

Em junho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que George e outros dois condenados — Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza — retornassem à prisão. Segundo Moraes, o episódio tem conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou os envolvidos ao Supremo pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Segurança reforçada em Brasília

A captura de George ocorre em meio ao esquema especial de segurança montado em Brasília durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus no processo sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O entorno do STF, que conduz o julgamento por meio da Primeira Turma, está monitorado com viaturas extras, integração entre a Polícia Judicial Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), além do uso de drones com tecnologia térmica para detectar movimentos e objetos em áreas sem iluminação adequada.

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