PF deflagra operação contra corrupção eleitoral e desvio de verbas; prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira (MDB), é alvo da batida

O prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, seria um dos investigados pelo crime de corrupção eleitoral

O prefeito de Tucuruí é alvo da operação da PF

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a Operação Stall, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes de corrupção eleitoral, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro. Um dos supostos envolvidos no esquema criminoso, se trata do prefeito de Tucuruí Alexandre Siqueira (MDB). Ele é marido da deputada federal Andreia Siqueira (MDB).

São cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça: dois em Belém; oito em Tucuruí e um em Brasília (a prefeitura de Tucuruí tem três pontos de busca). Até o momento foram apreendidos carros, dinheiro, celulares e documentos.

Segundo uma fonte consultada pelo EPOL, as buscas ocorreram na residência do então prefeito, na prefeitura de Tucuruí e na casa do atual secretário de Administração, identificado como Reginaldo, o secretário de finanças e do controlador do município.

Durante a operação, um quadriciclo é visto sendo retirado da casa do gestor.

A investigação teve início após a prisão em flagrante de um policial militar, encontrado dentro de aeronave transportando R$ 1.149.300,00 em espécie, em outubro do ano passado.

De acordo com as apurações, o dinheiro, oriundo do estado de São Paulo, seria utilizado para a compra de votos nas Eleições de 2024. A partir dessa prisão, a Polícia Federal aprofundou as investigações, identificando um esquema criminoso que envolvia agentes públicos e empresários em um complexo mecanismo de desvio de recursos e ocultação de valores ilícitos.

As apreensões realizadas nesta quinta-feira devem ajudar a confirmar a suspeita de falsificação de documentos e o uso de uma empresa para lavagem de dinheiro movimentado para o crime eleitoral.

A investigação segue em andamento e novas diligências serão realizadas para identificar outros envolvidos e aprofundar a análise dos materiais apreendidos. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção eleitoral, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

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