O Carnaval 2025 trouxe à passarela da Acadêmicos do Grande Rio uma homenagem à cultura do Pará, com o enredo “Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós”. Para construir esse espetáculo, a escola contou com a colaboração do antropólogo Anderson Pereira, cujas pesquisas aprofundadas sobre a cultura amazônica, incluindo lendas e mitos locais, deram suporte acadêmico essencial à produção artística.
Formado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Anderson é especialista em temas como o Tambor de Mina, o carimbó e a pajelança cabocla, e sua pesquisa sobre os tambores da região de Santarém começou ainda na graduação, culminando em sua dissertação de mestrado. Com mais de 10 anos de dedicação ao estudo da identidade cultural da Amazônia, o pesquisador trabalhou de perto com a escola de samba, orientando sobre as tradições do estado para compor o enredo que marcou o desfile.
“Minha pesquisa sobre os tambores de Santarém e outras manifestações culturais da região foi um processo contínuo que envolve a valorização da identidade amazônica”, afirmou o pesquisador Anderson Pereira.
A colaboração com outros estudiosos, como Chico Malta e Conceição Moraes, gerou materiais ricos que ajudaram a escola a construir um enredo fiel às tradições locais, com destaque para as figuras mitológicas das princesas turcas Mariana, Herondina e Jarina.
Atualmente, além de seu trabalho acadêmico, Anderson Pereira é diretor do Centro Cultural João Fona, ligado à Secretaria Municipal de Cultura de Santarém, onde desenvolve projetos voltados à proteção do patrimônio material e imaterial da região. Sua atuação na preservação e divulgação da cultura paraense também se reflete em sua contribuição para a Exposição Memórias do Carnaval, que resgata a história do carnaval santareno e fica aberta ao público até o dia 18 de março.
Com informações de Portal Santarém
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