A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em operação integrada com a Polícia Civil do Pará (PCPA) e o Departamento de Inteligência de Polícia Judiciária (DIPJ/PC-AM), prendeu na quarta-feira (22) Antônio Carlos de Oliveira Rodrigues Filho, conhecido como “Urso”. Ele é apontado como autor de seis homicídios e suspeito de planejar e autorizar execuções de agentes de segurança no estado do Pará.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) do Amazonas, a prisão de Antônio Carlos foi resultado de investigações iniciadas após a captura de Blendon Souza, apontado como braço direito de um narcotraficante de Manaus, na semana anterior.
“Após essa prisão, recebemos um pedido de apoio da Polícia Civil do Pará, que conectou as informações com nossas investigações. Identificamos que Antônio Carlos atuava como conselheiro no Pará, responsável por ordenar execuções, inclusive contra agentes de segurança pública”, explicou o delegado.
Tribunal do crime e motivação dos homicídios
Antônio Carlos também é acusado de atuar como julgador em tribunais do crime no Pará. Um dos casos investigados ocorreu em Ananindeua, onde ele teria executado um morador que se recusou a sair de um terreno estratégico localizado às margens de um rio que dá acesso a Belém. Segundo as investigações, a área seria usada para atividades ligadas ao tráfico de drogas.
“Ele ordenou que os moradores deixassem o local para viabilizar suas atividades ilícitas. Diante da recusa de um senhor, ele o executou”, detalhou o delegado.
Com base nas investigações, a Vara do Tribunal do Júri de Ananindeua expediu um mandado de prisão preventiva contra Antônio Carlos, que foi localizado no bairro Lago Azul, zona norte de Manaus.
Procedimentos legais
Antônio Carlos será encaminhado à Justiça e responderá por homicídio. Ele passará por audiência de custódia e permanecerá detido até ser transferido para o estado do Pará, onde deverá enfrentar as acusações. A Polícia Civil destacou a importância da cooperação entre estados para combater crimes graves e prender foragidos de alta periculosidade.
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