Na última segunda-feira (28), parte da Europa enfrentou um grande apagão que deixou milhares de pessoas sem energia elétrica, internet e sinal de celular. Morando em Portugal – um dos países afetados – desde 2023 e natural de Belém do Pará, Heloísa Aleixo, de 27 anos, vivenciou momentos de tensão durante o acontecimento.
“Apagou tudo de repente. Foi um susto. Em poucos minutos, as pessoas começaram a correr para os mercados para comprar comida e água”, contou Heloísa. Segundo ela, o colapso das redes de comunicação agravou ainda mais a situação: “Quando a internet caiu, ainda dava para conversar um pouco com quem estava por perto. Mas depois, até o sinal de celular sumiu”.
Presas em meio ao caos, Heloísa e a filha pequena, Aurora, de 3 anos, ficaram impossibilitadas de voltar para casa. “Fiquei na casa de uma amiga com a Aurora, sem conseguir avisar ninguém. Ninguém conseguia falar comigo”, relatou. “Depois me acharam, por sorte”, brincou.

A instabilidade levou muitos portugueses a correrem para os mercados em busca de alimentos, água e itens essenciais, temendo uma situação prolongada de apagão. Prateleiras esvaziaram rapidamente, e longas filas se formaram nas portas dos estabelecimentos. Situações de pane generalizada como essa levantam preocupações quanto à dependência de sistemas digitais interligados e à capacidade de resposta em emergências.
O blecaute, segundo autoridades locais, foi provocado por uma falha técnica em sistemas interligados de distribuição de energia, que afetou simultaneamente o funcionamento de diversas infraestruturas — incluindo redes de telecomunicação.
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