Segundo o estudo Cartografias da Violência na Amazônia, divulgado na última semana pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Mãe Crioula, o Pará possui 2.181 propriedades ilegais em áreas de conservação ambiental e terras indígenas.
O levantamento que utiliza dados do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), destaca que os números são indícios de efeitos da grilagem de terras na Amazônia.
O Pará lidera a lista de estados da Amazônia com maior número de propriedades ilegais, mas o ranking também lista estados como Maranhão, com 1.477 propriedades e o Mato Grosso, com 1.414. Os estados em questão também compõem a liderança de taxas de desmatamento na Amazônia nos últimos anos.
A análise destaca ajuda que a Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós e a Floresta Nacional (Flona) do Jamanxin são as duas mais atingidas pelo problema no Pará. Numericamente, a APA do Tapajós possui 978 imóveis sobrepostos; já a Flona do Jamanxin, 489 imóveis na mesma situação, em regiões marcada por intenso desmatamento e atividade de garimpo. Além disso, são regiões que também sofrem com efeitos da crise climática que se agrava a cada ano, mas que havia sido antecipada por estudos nacionais e internacionais.
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