Pará na moda? Fafá de Belém questiona interesse ‘repentino’ do sul e sudeste brasileiros na cultura amazônica

A artista, que fará um show especial no domingo (12), dia do aniversário de Belém, relembrou a dificuldade que ela e outros artistas regionais tiveram para entrar no circuito nacional e sobre o preconceito enfrentado até alcançar o tão sonhado reconhecimento.

Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (9), a cantora Fafá de Belém fez um alerta ao setor cultural paraense sobre o que chamou de ‘interesse repentino’ de organizações e festivais do Sul e Sudeste no Brasil na cultura amazônica, especialmente no Pará.

A artista, que fará um show especial no domingo (12), dia do aniversário de Belém, relembrou a dificuldade que ela e outros artistas regionais tiveram para entrar no circuito nacional e sobre o preconceito enfrentado até alcançar o tão sonhado reconhecimento.

Na ocasião, Fafá também disse que os profissionais e criadores paraenses precisam estar atentos para não serem ‘roubados’ pelo mercado predatório: “tem gente que nunca se interessou aqui fazendo cursinhos sobre amazonidades, querendo ter mais propriedade do que nos que sempre estivemos aqui, nos inspirando aqui”, diz.

No entanto, ele destaca que essa valorização é passageira e deve ser analisado de forma realista pelo setor local: “Hoje eles estão aqui por causa da COP, porque isso trouxe holofotes internacionais, mas será que em 2026 eles ainda estarão aqui?” questiona.

Fafá também compartilhou com os leitores do Estado do Pará Online (EPOL) um conselho especial para produtores culturais e artistas que estão em busca de oportunidades na COP 30, prevista para acontecer na capital paraense em novembro de 2025.

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