Pará mantém força na mineração e ajuda setor a faturar mais de R$ 76 bilhões - Estado do Pará Online

Pará mantém força na mineração e ajuda setor a faturar mais de R$ 76 bilhões

Estado responde por 35% do faturamento nacional e reforça posição de destaque nosetor, impulsionado por novos investimentos em terras raras e minerais estratégicos

José Cruz / Agencia Brasil

O Pará segue como um dos motores da mineração brasileira. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o estado foi responsável por 35% de todo o faturamento do setor no terceiro trimestre de 2025, ficando atrás apenas de Minas Gerais (39%).

No total, o faturamento nacional chegou a R$ 76,2 bilhões, um aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor foi de R$ 56,7 bilhões. O minério de ferro manteve o protagonismo, respondendo por 52% do total e registrando crescimento de 27% em comparação a 2024.

As exportações também avançaram: o Brasil embarcou cerca de 121 milhões de toneladas de minérios, alta de 6,2% em relação ao ano anterior. A China seguiu como principal destino, absorvendo quase 70% das vendas externas.

Terras raras ganham espaço nos investimentos

O levantamento do Ibram aponta ainda um movimento de diversificação no setor mineral. O destaque vai para o crescimento nos investimentos em terras raras, minerais usados na produção de tecnologias de ponta, como semicondutores e baterias.

Entre 2025 e 2029, estão previstos US$ 68,4 bilhões em novos projetos, com o segmento de terras raras registrando a maior alta percentual, 49% a mais do que no período anterior.

“O Brasil tem a segunda maior reserva do mundo em terras raras”, afirmou Fernando Azevedo, vice-presidente do Ibram. Já o diretor de Assuntos Minerários, Julio Cesar Nery Ferreira, destacou que os projetos estão espalhados por diversos estados, incluindo Minas Gerais, Goiás e Bahia, e podem ganhar novas frentes também na Amazônia.

Minerais estratégicos entram no radar

O Ibram também projeta avanço em minerais críticos e estratégicos, como cobre, lítio, níquel, cobalto e nióbio, matérias-primas essenciais para os setores de energia, tecnologia e defesa.

“Não tenho a menor dúvida de que os investimentos em minerais críticos e estratégicos vão decolar ainda mais. Por vários fatores. Eles têm a ver com segurança alimentar, como potássio e fosfato nitrogenado. Outros são fundamentais para tecnologia e inovação. Exemplo dos semicondutores e chips. Também existem aqueles ligados à defesa e à soberania. Estamos falando dos que são usados para aços especiais, aviões, radares e outras múltiplas necessidades”, explicou Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram.

Com informações da Agência Brasil.

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