O Governo do Pará, em parceria com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), lançou nesta segunda-feira (16), no Theatro da Paz, o Pará 2050, plano estratégico de longo prazo alinhado à Estratégia Brasil 2050.
O seminário “Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050”, promovido pela Secretaria Nacional de Planejamento (Seplan) e a Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), marcou a integração oficial do estado ao projeto nacional.
O Pará 2050 tem como missão preparar o estado para os desafios futuros, promovendo desenvolvimento sustentável, inclusão social e fortalecimento institucional. A construção do plano envolveu uma escuta ampla da sociedade para contemplar a diversidade social e territorial do estado.
“É muito importante estarmos trabalhando no planejamento estratégico do estado com o Pará 2050 – o Pará que nós queremos no futuro. Esse plano foi construído a partir de uma ampla escuta social, porque nós entendemos que existem muitos ‘Parás’ dentro do nosso estado. Esse processo coletivo nos permitiu elaborar um plano sólido, baseado nas contribuições de diversos setores da sociedade. Hoje, apresentamos ao governo federal essas estratégias, resultado desse trabalho conjunto, e que dialoga com o planejamento estratégico nacional em construção. Foi um passo importante para transformar os sonhos da população, colhidos nesse processo de escuta, em estratégias — e, a partir delas, em realidade. Nosso foco é o tripé: desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade. Ouvimos diversos setores econômicos, entendendo suas necessidades e prioridades, para construir um estado mais justo, competitivo e preparado”, afirmou Hana Ghassan, vice-governadora do Pará, presidente do Comitê Estadual da COP 30 e secretária de Estado de Planejamento e Administração.
A Estratégia Brasil 2050, por sua vez, pretende estabelecer um norte para políticas públicas no país, fundamentada em participação cidadã, governança multinível e produção de conhecimento.
“Hoje, no estado do Pará, temos a oportunidade de escutar diretamente os atores locais sobre essas potencialidades, muitas das quais já estão contempladas no plano Pará 2050. Como governo federal, estamos ao lado do estado do Pará para fortalecer essa estratégia e construir, juntos, um caminho sólido rumo ao desenvolvimento sustentável do Brasil. Planejar o futuro, planejar a longo prazo, é fundamental para que tenhamos melhores decisões no presente. Olhar para o futuro nos permite identificar o que é estruturante, estrutural, e que precisa ser resolvido com urgência. Enfrentamos desafios históricos, como as desigualdades sociais e regionais, além da baixa produtividade e competitividade do país. A superação desses desafios exige um olhar que vá além dos mandatos e do curto prazo. O planejamento de longo prazo é essencial para uma gestão pública mais eficiente. Por isso, estamos promovendo uma escuta ativa em todas as regiões do Brasil, com o objetivo de trazer para o planejamento estratégico nacional as especificidades e potencialidades de cada localidade. Temos um país extremamente diverso, e nossa estratégia precisa refletir essa diversidade, incorporando os principais desafios e oportunidades de cada região”, declarou a secretária nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis.
Para entender mais sobre o plano, acesse aqui:
Durante o evento, foram discutidos temas como a redução das desigualdades regionais, a transição ecológica, a produtividade e a democracia como pilares para o desenvolvimento de um país mais justo e próspero. Representantes da sociedade civil reforçaram a importância do protagonismo social no processo.
“Eu estou muito honrada e agradeço muito ao governo do Estado que se preocupou em priorizar esse espaço do controle social, que é fundamental na governança de democracia representativa e participativa. Eu não podia deixar passar essas oportunidades representando o meu segmento de aposentados, mas como uma pessoa aposentada e uma pessoa idosa, estou em vários espaços de debate político pública. Eu contribuí o máximo que pude, representando o meu segmento social”, disse Marly dos Anjos, do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa.
Para Matheus Oliveira, cofundador da Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem), o lançamento do plano simboliza um avanço:
“Este é um momento muito significativo, especialmente considerando os meses de construção coletiva que temos vivido como sociedade civil. O lançamento do Pará 2050 representa a consolidação de um esforço contínuo para garantir que o planejamento de longo prazo inclua investimentos reais em capital social e humano. É fundamental que o orçamento público e as políticas públicas estejam alinhados e dialoguem de forma permanente, assegurando a longevidade, sustentabilidade e prosperidade da nossa sociedade.”
O setor produtivo também marcou presença, com destaque para a fala do diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
“No Brasil todo — e não é diferente no resto do mundo — os pequenos negócios sempre representam a maior parcela do mercado. No Brasil, mais de 90% das empresas formais são compostas por micro e pequenas empresas. Dessa forma, para um diálogo como este, de construção de futuro com foco em 2050, a discussão precisa, sim, passar por esses pequenos negócios. E o papel do Sebrae é justamente cuidar disso. O que queremos é, de maneira muito ativa, contribuir nessa construção e, principalmente, mostrar a força dos pequenos negócios e a importância do olhar atento dos governos federal, estadual e municipal, para que o apoio a esses empreendedores aconteça de forma efetiva — com desburocratização e com condições para que esses negócios sejam, de fato, protagonistas. Por isso, essa construção é fundamental. Estamos muito felizes em fazer parte desse diálogo e, principalmente, em ver o governo federal planejando os próximos 25 anos com essa perspectiva”, afirmou.
A programação incluiu uma plenária com o tema “Que Brasil queremos nos próximos 25 anos?”, reunindo representantes dos poderes públicos e da sociedade civil para troca de ideias e formulação conjunta de estratégias. O Pará é o 14º estado a receber o seminário, que já passou por outras 13 unidades da federação, além do Distrito Federal.
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