O estado do Pará está entre as unidades da Federação em nível de risco para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento analisa dados até 1º de março e alerta para o crescimento de casos na região Norte e Centro-Oeste.
A SRAG é uma condição grave que pode causar dificuldades respiratórias, sensação de peso no peito e queda na saturação de oxigênio, exigindo hospitalização. Além do Pará, Roraima, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal também estão na categoria de risco, enquanto Amazonas, Mato Grosso e Rondônia estão em nível de alerta.
Aumento de casos em crianças e adolescentes
O boletim também indica um crescimento contínuo de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos, destacando, em parte, o retorno das aulas. Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, a maior interação entre crianças em ambientes fechados facilita a propagação dos vírus.
Entre os mais afetados, bebês de até 2 anos têm maior incidência de infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar bronquiolite, enquanto crianças entre 2 e 14 anos são mais afetadas pelo rinovírus.
Situação nacional
Desde o início de 2025, o Brasil já registrou 16 mil casos de SRAG, sendo 34,3% com confirmação laboratorial para alguns vírus respiratórios. Os mais identificados foram:
- Sars-CoV-2 (Covid-19) – 46,2%
- Rinovírus – 23,6%
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 15%
- Gripe A – 6,1%
- Gripe B – 2,5%
O país também contabilizou 1.338 mortes por SRAG neste ano, das quais 47,5% tiveram confirmação de infecção por vírus respiratórios, sendo 81% associadas ao coronavírus.
Cuidados e prevenção
Especialistas recomendam medidas de precaução para conter a disseminação das síndromes respiratórias, incluindo isolamento de pessoas com sintomas gripais, uso de máscaras em ambientes fechados e atualização da vacinação contra a Covid-19, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
A vacina pode ser aplicada em crianças a partir dos 6 meses de idade, reforçando a proteção contra infecções respiratórias graves.
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