Pará completa um ano livre de febre aftosa e celebra aumento de exportações

Fim do ciclo de vacinação marca nova fase com mais rigor sanitário e abertura de mercados exigentes como Japão e Canadá

A pecuária paraense entrou em uma nova era. Após décadas de campanhas de vacinação em massa, o Pará encerrou oficialmente há um ano a aplicação da vacina contra a febre aftosa em 2024, marcando um momento histórico para o setor agropecuário.

O marco simbólico desse novo ciclo ocorreu em Marabá, município de grande relevância para a atividade no estado, tanto pelo tamanho do rebanho quanto pelo protagonismo nas etapas anteriores de imunização.

Com o reconhecimento do estado como área livre de febre aftosa sem vacinação, o foco agora é reforçar a vigilância sanitária com base em critérios técnicos e estratégias preventivas.

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) passou a intensificar medidas como a inspeção clínica regular dos animais, o monitoramento de propriedades e a resposta rápida a qualquer sinal suspeito da doença.

Esse novo modelo é fundamental não só para manter o status sanitário do estado, mas também para garantir a continuidade das exportações de carne e gado em pé — setor no qual o Pará lidera nacionalmente.

Além de representar um avanço na segurança sanitária, a retirada da vacina também impõe um compromisso maior com a sustentabilidade e a responsabilidade dos produtores. A vigilância ativa passa a depender da colaboração direta do campo, com a notificação imediata de qualquer sintoma que possa sugerir doenças vesiculares no rebanho.

Esse novo cenário abre as portas para mercados internacionais mais exigentes, como Japão e Canadá, ao mesmo tempo em que reforça a importância da vigilância constante. A conquista, portanto, vai além da suspensão de uma prática: ela coloca o Pará em um novo patamar de competitividade, onde a sanidade animal se torna o maior ativo da pecuária local.