A partir da próxima terça-feira (4), as operações de transporte hidroviário realizadas no porto do Ver-o-Peso serão transferidas para o novo Terminal Fluvial Turístico da Avenida Almirante Tamandaré, no bairro da Cidade Velha, em Belém. A mudança é coordenada pela Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos de Transporte do Pará (Artran) e marca o início da operação de uma das principais obras preparatórias para a COP30.
De acordo com a Artran, o terminal será administrado pela Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH) e foi projetado para modernizar o embarque e desembarque de passageiros, ampliando o conforto e a segurança no transporte aquaviário. O diretor-geral da Artran, Luciano Dias, afirmou que o objetivo é garantir uma experiência de viagem mais eficiente e integrada. “Não se trata apenas de trocar de local, mas de oferecer uma experiência de viagem mais segura, confortável e integrada ao transporte da cidade”, destacou.
Representantes da Coordenadoria de Transporte Aquaviário da Agência acompanham as obras com visitas técnicas e ajustes operacionais para evitar transtornos durante a transição. O coordenador Waldemar Frazão informou que o trabalho busca dar previsibilidade aos operadores e usuários, principalmente durante o período da conferência climática.
O analista de regulação Vinícius Nascimento explicou que o novo terminal vai concentrar as viagens da capital para Barcarena, com previsão de um fluxo diário de até 50 embarcações. Segundo ele, cada atracação terá tempo médio de duas horas, permitindo uma operação mais organizada e confortável para o público.
Com 97% dos serviços concluídos, o Terminal Fluvial Turístico da Tamandaré recebeu investimento estadual de R$ 22,9 milhões. A estrutura de 1.300 m² conta com dois pavimentos, mirante, área coberta para embarque e desembarque, restaurante, 12 salas administrativas e sistema de energia solar. A capacidade estimada é de 500 passageiros por dia.
A Artran também articula mudanças nas rotas de ônibus para facilitar o acesso ao novo espaço, integrando o terminal ao transporte rodoviário e às áreas comerciais do centro histórico. A inauguração deve deixar como legado à cidade um novo modelo de mobilidade aquaviária, voltado à modernização e sustentabilidade do transporte público em Belém.
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