Operação apreende mais de 120 toneladas de açaí no Marajó

A carga, que tinha como destino a cidade de Benevides, na Região Metropolitana de Belém, chegou na manhã desta quarta-feira (22) em um porto de Belém para procedimentos legais. 

Durante fiscalizações rotineiras, uma equipe integrada das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e da Secretaria do Estado de Fazenda (Sefa), que atua na Base Integrada Fluvial ‘Antônio Lemos’, apreendeu uma carga ilegal de 128 toneladas de polpa de açaí na madrugada da segunda-feira (21). A carga, que tinha como destino a cidade de Benevides, na Região Metropolitana de Belém, chegou na manhã desta quarta-feira (22) em um porto de Belém para procedimentos legais. 

A abordagem da ação integrada ocorreu no rio Jaburu, zona rural de Breves, no Marajó, onde a embarcação, do tipo ferryboat, ‘Amazon I’, com origem de Anajás, realizava o transporte de quatro caminhões frigoríficos carregados. Segundo informações das equipes, ao ser indagado pela documentação da carga, o responsável pelo transporte afirmou que não havia.

Assim, os agentes conduziram o ferryboat para Breves para procedimentos cabíveis. De acordo com o diretor do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), delegado Arthur Braga, as cargas apreendidas apresentavam embalagem adulterada com o endereço de uma fábrica em Benevides, inclusive com a inscrição no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que caracteriza sua origem clandestina.

“Outra situação da carga é que não tem nota de origem que seria Anajás para Benevides. Não existe essa nota e também não há a guia de trânsito da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). O produto estava em uma embarcação que vinha pela rota de desvio de fiscalização da base e foi interceptada pelas nossas equipes que estão atentas nas fiscalizações”, destacou o diretor. 

A carga chegou à capital paraense no início da tarde desta quarta-feira (22) para apresentação à Adepará. De acordo com o fiscal agropecuário da agência, Gustavo Amaral, foi constatado que o produto estava sem condição mínima de higiene e com documentação adulterada.

“O produto estava sendo produzido em Anajás, sem inspeção sanitária, de nenhuma forma. Então isso caracteriza uma fraude e a função do Estado é proteger a população humana de um produto sem origem, sem nenhuma análise laboratorial que comprove o consumo adequado para pessoas. No momento vamos analisar, passar para uma indústria de inspeção e verificar se a carga pode ser repassada para doação ou se será descartada”, afirmou.

O procedimento será direcionado pela Delegacia de Polícia Fluvial (DPFLU) que autuou responsáveis para prestar esclarecimentos.

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