Obras de revitalização da Praça da Bandeira revelam itens arqueológicos em Belém - Estado do Pará Online

Obras de revitalização da Praça da Bandeira revelam itens arqueológicos em Belém

Entre os itens encontrados estão fragmentos de cerâmica, louça, vidro, ferro e moedas de ferro desses períodos; acervo já está sendo articulado para futura exposição em parceria com o Museu do Estado do Pará, reforçando o caráter educativo e cultural da iniciativa

As obras de revitalização da Praça da Bandeira começaram no dia 23 de julho e já no primeiro dia de escavações foram encontrados fragmentos históricos que revelam camadas do passado da cidade. A intervenção marca o início da transformação do espaço, que será ocupado pela FREEZONE CULTURAL ACTION, instalação artística a ser apresentada durante a COP30 em Belém.

requalificação está sendo realizada por meio de uma parceria entre o Instituto Cultural ARTÔ(responsável pela realização da FREEZONE), o Comando Militar do Norte e a Prefeitura de Belém, com apoio da empresa Arruda Arquitetura e Restauro e da equipe da Amazônia Arqueologia, responsável pelo acompanhamento arqueológico.

equipe de escavação arqueológica estará no local nesta sexta-feira conduzindo os trabalhos de campo, que rendem imagens mais expressivas da escavação. Após esse período, segue o monitoramento arqueológico durante toda a obra, com foco na observação das intervenções de engenharia e na coleta de materiais que possam surgir no processo. 

Fora do campo, os arqueólogos realizam análise laboratorial dos achados, curadoria, produção de artigos científicos, entrega de relatórios mensais ao IPHAN e ações de educação patrimonial, como contato com a população do entorno e comunicação com a imprensa

FRAGMENTOS QUE CONTAM A HISTÓRIA DE BELÉM

“A ação já começa fazendo história. O início das obras coincidiu com a descoberta de fragmentos que ajudam a compreender o passado desse espaço simbólico da cidade”, afirma Giovanni Dias, idealizador da FREEZONE.

“Trata-se de uma intervenção de arte e cultura para conectar o presente e o futuro de forma criativa e sensível, inspirando novos caminhos”, completa.


A escavação e o acompanhamento arqueológico são realizados pela equipe da Amazônia Arqueologia, sob coordenação de Kelton Mendes, arqueólogo responsável pela obra. 

“Logo nos primeiros 50cm de escavação já apareceram elementos significativos, como fragmentos de cerâmica, louça, vidro, ferro e até moedas de ferro dos séculos XVIII e XIX. Esses objetos ajudam a traçar um panorama de ocupação e uso desse território ao longo do tempo”, explica.

SUPERVISÃO E DESTINAÇÃO DOS ITENS ENCONTRADOS

Os achados estão sendo coletados, armazenados adequadamente e catalogados com supervisão técnica. Tainá Arruda, arquiteta e restauradora que acompanha o projeto, destaca que todos os procedimentos seguem critérios técnicos estabelecidos pelos órgãos competentes: 

“Estamos fazendo todo o processo em diálogo com o IPHAN. A cada etapa, relatórios são enviados e validados por essas instituições, que acompanham de perto o andamento da obra e a destinação dos achados”, diz.

Uma parceria com o Museu do Estado do Pará já integra o projeto de arqueologia e prevê a futura exposição de parte dos itens encontrados. “Queremos que esses achados não fiquem guardados apenas nos registros técnicos. Eles são parte da memória da cidade e merecem ser compartilhados”, comenta Tainá.


SERVIÇO: VISITAÇÕES DE IMPRENSA NA OBRA 

A imprensa pode visitar o canteiro de obras mediante agendamento com a assessoria de imprensa. As equipes estão disponíveis no local de segunda a sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h(exceto aos sábados, quando os trabalhos encerram ao meio-dia). Importante: A última escavação desta etapa ocorre na sexta (01).

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