A família de Gleice, morta em fevereiro de 2024 após complicações de saúde não tratadas adequadamente na UPA do Distrito Industrial, em Ananindeua, denuncia negligência por parte da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde. Mesmo com uma recomendação do Ministério Público para sua transferência urgente, a jovem permaneceu na unidade e morreu dias depois sem receber o atendimento necessário.
Desde então, o viúvo, Marcos, exige responsabilização dos gestores municipais. Ele afirma possuir documentos que comprovam a ordem do MPPA pela transferência de Gleice. “Se fosse eu que descumprisse uma ordem judicial, estaria preso”, questiona, criticando a impunidade dos envolvidos no caso. Para ele, o episódio revela o descaso da administração municipal com vidas humanas.
Além da ação judicial que pede a responsabilização direta da Prefeitura, o episódio expôs fragilidades recorrentes nas unidades de saúde do município. Em abril deste ano, outra morte gerou comoção: a da pequena Sofia Gabriele, de 1 ano e 6 meses, que morreu após atendimento na UPA do Icuí. Segundo os pais, a criança foi liberada mesmo com sintomas de vômito e diarreia, e faleceu após retornar à unidade.
Procurada pela reportagem do Estado do Pará On-line (EPOL), a Prefeitura de Ananindeua e a Secretaria Municipal de Saúde foram questionadas sobre os casos mencionados. Até o fechamento desta matéria, ainda não haviam se pronunciado. O espaço segue aberto para manifestação.
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