Muaná terá novas eleições por suspeita de compra de votos, afirma TRE-PA

O prefeito de Muaná, Éder Azevedo Magalhães, conhecido como Biri Magalhães (PSC), tornou-se inelegível e os candidatos Marcos Paulo Barbosa Pantoja, o Birizinho (PSD), e Gilmar Nunes Vale (PSD), tiveram suas candidaturas cassadas pela 10ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), nesta segunda-feira.

Uma verdadeira reviravolta atinge o grupo político que governa Muaná. O prefeito, Éder Azevedo Magalhães, conhecido como Biri Magalhães (PSC), tornou-se inelegível e os candidatos Marcos Paulo Barbosa Pantoja, o Birizinho (PSD), e Gilmar Nunes Vale (PSD), tiveram suas candidaturas cassadas pela 10ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), nesta segunda-feira (25). A decisão foi proferida pelo juiz Leandro Vicenzo, responsável pela análise do caso, refletindo a aplicação das normas eleitorais vigentes na região.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) decidiu investigar o prefeito Éder Magalhães após a divulgação de um vídeo em que ele aparece entregando dinheiro a eleitores em troca de apoio ao candidato Marcos Paulo, conhecido como Birizinho, e seu vice, Gilmar Vale. A gravação, realizada na casa de eleitores na comunidade de Ponta Negra, gerou grande repercussão nas redes sociais e levantou suspeitas sobre a prática de compra de votos.

Durante o processo, diversas testemunhas relataram que receberam dinheiro e materiais de campanha, como santinhos e bandeiras. Segundo eles, também foram oferecidos cargos públicos, como empregos em escolas e unidades de saúde. Algumas dessas testemunhas relataram ter sofrido intimidações por parte dos candidatos, que buscavam influenciar suas declarações ao Ministério Público Eleitoral (MPE).

Em sua decisão, o juiz eleitoral da 10ª Zona Eleitoral, Leandro Vicenzo Silva Consentino, declarou Éder Magalhães, Marcos Paulo Pantoja e Gilmar Vale inelegíveis por um período de oito anos, fundamentando-se na Lei da Ficha Limpa. O juiz também determinou que novas eleições sejam realizadas no município de Muaná.

A defesa dos investigados contestou a legalidade da gravação e negou as acusações de captação ilícita de sufrágio. No entanto, o juiz considerou as evidências apresentadas como suficientemente robustas para comprovar as irregularidades.

Com a decisão, os envolvidos têm a opção de recorrer, mas caso não apresentem um recurso, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) será encarregado de organizar novas eleições no município.

Com informações do Portal Marajó Online*

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