O Museu da Imagem e do Som do Pará (MIS-PA) recebe a mostra itinerante “Resistências Cinematográficas”, da Cinemateca Brasileira, entre os dias 23 e 31 de outubro. Serão exibidos 20 filmes, entre longas e curtas-metragens, que abordam momentos de repressão e resistência, com obras de ficção e documentários.
As sessões ocorrerão no Auditório Eneida de Moraes, no Centro Cultural Palacete Faciola, na avenida Nazaré, e todas são gratuitas. A mostra terá classificação livre ou indicada para idades entre 10 e 16 anos. A abertura contará com uma mesa sobre o tema, com mediação da diretora do MIS, Indaiá Freire, e participação do cineasta Januário Guedes e da anistiada política Eneida Guimarães.
Na avaliação de Freire, a iniciativa é importante para lembrar períodos de violência e repressão. “Não foi um tempo bom do ponto de vista econômico, muito menos social. Muita gente morreu, muita gente foi presa e muita gente sofreu violência de todo tipo de espectro, sem ter a quem reclamar. Por isso, precisamos estar sempre lembrando para não repetir”, afirma.
O projeto integra o Programa Viva Cinemateca, que busca revitalizar, restaurar e modernizar acervos cinematográficos. Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, ressalta que a iniciativa contribui para preservar a produção audiovisual brasileira e a identidade cultural do país, destacando a importância de coleções raras, como filmes em nitrato de celulose.
Para Glauco Paiva, gerente executivo da Shell Brasil, patrocinadora da mostra, as exibições também incentivam reflexões sobre desenvolvimento humano e valores sociais. “Juntos, preservamos o cinema nacional e as obras audiovisuais em geral, tão importantes para a preservação de nossa identidade”, afirma.
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