Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, planeja um evento paralelo à COP30, em Belém, para reunir movimentos sociais e discutir temas como combate à fome, pobreza e mudanças climáticas. A iniciativa busca repetir o modelo do G20 Social, realizado no Rio de Janeiro em 2024, que promoveu debates sobre questões sociais e ambientais.
O foco do evento será a reparação dos países desenvolvidos aos moradores das nações periféricas mais afetadas pelas mudanças climáticas. O governo brasileiro pretende levantar essa discussão durante a conferência para pressionar por medidas concretas de compensação e apoio financeiro.
Apesar das semelhanças com o G20 Social, ainda não há previsão de shows durante a programação da COP30. No evento anterior, apresentações musicais geraram críticas da oposição, que apelidou o encontro de “Janjapalooza”.
A COP30, que ocorrerá em novembro na Amazônia, será um dos maiores eventos climáticos já realizados no Brasil, reunindo líderes globais, cientistas e ativistas. O evento paralelo organizado pelo ministro busca ampliar o espaço para o debate social dentro da conferência.
A permanência de Macêdo no cargo, no entanto, é incerta, o que pode afetar o andamento da organização desse evento. Mesmo assim, ele segue articulando a participação dos movimentos sociais e definindo os temas a serem abordados.
A estratégia do governo brasileiro é fortalecer o protagonismo do país nas discussões climáticas internacionais, destacando a necessidade de ações efetivas para enfrentar os impactos do aquecimento global nas populações mais vulneráveis.
Se concretizado, o evento paralelo pode reforçar a posição do Brasil como líder na luta por justiça climática, ao mesmo tempo em que gera debates políticos internos sobre o papel do governo nessas iniciativas.
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