Ministra do TSE que pediu vista no julgamento da chapa de Patrícia Alencar tem assessores envolvidos em esquema criminoso

A operação atingiu servidores do STJ, incluindo Márcio José Toledo Pinto, ex-assessor de Isabel Gallotti, que já estava afastado de suas funções devido a um processo administrativo. Além dele, Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete da ministra, e Rodrigo Andrade, do gabinete do ministro Og Fernandes, foram alvos da investigação.

A prefeita de Marituba, Patrícia Alencar (MDB), passou a última semana em Brasília após a ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedir vista no julgamento sobre a cassação de sua chapa. A questão envolve a vice-prefeita eleita, Bárbara Bessa Marques (MDB), que é acusada de não ter se desincompatibilizado do cargo de secretária de Administração da Prefeitura de Marituba dentro do prazo legal. Bárbara permaneceu no cargo até o dia 8 de junho de 2020, enquanto a legislação eleitoral exige que a desincompatibilização ocorra três meses antes das eleições, ou seja, até 5 de junho.

O processo foi movido pela coligação de oposição “Frente Popular Marituba quer Mudança”, composta por PDT, Podemos e Solidariedade, que argumenta que a irregularidade na desincompatibilização configura infração à legislação eleitoral.

A situação ganhou novos contornos com a operação da Polícia Federal realizada na última terça-feira (26), que revelou um esquema de vendas de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). A operação atingiu servidores do STJ, incluindo Márcio José Toledo Pinto, ex-assessor de Isabel Gallotti, que já estava afastado de suas funções devido a um processo administrativo. Além dele, Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete da ministra, e Rodrigo Andrade, do gabinete do ministro Og Fernandes, foram alvos da investigação.

O envolvimento de pessoas ligadas ao gabinete da ministra Isabel Gallotti no esquema de corrupção trouxe atenção adicional ao julgamento do caso de Marituba. A situação pode gerar questionamentos sobre a condução do processo, especialmente considerando o pedido de vista feito pela ministra, que adiou uma decisão definitiva sobre a cassação da chapa de Patrícia e Bárbara.

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