Metanol em bebidas alcoólicas causa mortes e internações em São Paulo - Estado do Pará Online

Metanol em bebidas alcoólicas causa mortes e internações em São Paulo

Vigilância Sanitária de SP confirma seis casos de contaminação, com 10 investigações em andamento; vítima relata perda da visão.

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Casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas em São Paulo acenderam um alerta entre os especialistas de saúde, e o ocorrido é objeto de investigação policial. Essa substância, extremamente tóxica, tem potencial letal, e seu uso na adulteração de destilados gera grande apreensão.

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo confirmou seis casos de contaminação até a última segunda-feira (28), enquanto outros dez estão sob minuciosa investigação das autoridades sanitárias. Dentre os pacientes analisados, quatro são jovens que manifestaram mal-estar após beber gim comprado em uma adega na Zona Sul da capital paulista no início de setembro.

Um desses jovens, Rafael dos Anjos Martins Silva, segue internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há quase um mês por causa da contaminação pela substância. Outra vítima, Rhadarani Domingos, relatou ter perdido a visão após consumir caipirinhas de vodca em um bar sofisticado do Jardim Paulista.

O governo estadual confirmou a ocorrência de três mortes diretamente ligadas à intoxicação por metanol, sendo as vítimas homens com idades entre 45 e 58 anos. Um quarto óbito de um homem com histórico de etilismo crônico também está sendo investigado para determinar se a causa tem relação com a substância tóxica.

Os criminosos estariam utilizando o metanol para “batizar” bebidas populares como gim e vodca de marcas reconhecidas, as quais eram, posteriormente, vendidas e consumidas pelas vítimas. A polícia está investigando uma adega e três bares da capital — localizados em Jardins, Zona Oeste e Mooca — para identificar em que ponto da cadeia produtiva ocorreu a adulteração.

O metanol é um álcool simples, incolor e altamente inflamável, possuindo um odor similar ao do álcool etílico comum, o que dificulta sua identificação em bebidas adulteradas. A ingestão ou inalação de pequenas quantidades dessa substância já é suficiente para causar náusea, convulsões, cegueira ou até mesmo levar à morte.

Com informações do g1

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