Profissionais de saúde no Pará enfrentam uma grave crise devido a atrasos salariais e condições insustentáveis de trabalho em diversas regiões do estado. Os médicos têm reportado dificuldades em hospitais de Belém, Mosqueiro, Abaetetuba e Tucuruí, além de outras unidades geridas por organizações sociais.
Situação em Abaetetuba e Tucuruí
No Hospital Regional de Abaetetuba, os médicos ainda não receberam seus honorários e podem suspender os atendimentos a partir desta quarta-feira (22) como forma de protesto. Em Tucuruí, a situação é ainda mais preocupante: os médicos do hospital regional estão sem receber desde novembro de 2024, segundo denúncia do Sindicato dos Médicos do Pará (SINDMEPA).
Crise no SAMU e nas UPAs de Belém
Os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) não recebem salários desde setembro de 2024, comprometendo o atendimento de urgência e emergência. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Marambaia e dos Jurunas, administradas pela organização InSaúde, os médicos relatam atrasos salariais desde novembro de 2024. Além disso, uma nova empresa contratada iniciou demissões arbitrárias, aumentando a tensão entre os profissionais.
Denúncias de assédio e falta de insumos
Os médicos têm enfrentado pressões para realizar atendimentos em tempo reduzido, ameaças de perda de escalas e outras formas de assédio moral, prejudicando não só a saúde mental dos profissionais, mas também a qualidade do atendimento à população. No Hospital Geral de Mosqueiro, além dos atrasos nos pagamentos, a falta de insumos agrava ainda mais a crise, limitando os serviços essenciais.
Repercussão e apelos por soluções
O SINDMEPA tem pressionado autoridades e organizações gestoras para resolver o problema, mas, até agora, nenhuma ação efetiva foi tomada pela Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) ou pelas organizações sociais responsáveis. Médicos alertam que a precarização não só compromete suas condições de trabalho, mas também coloca em risco a saúde e o bem-estar da população atendida.
O que está em jogo
A situação exige uma resposta imediata das autoridades estaduais e municipais, para garantir não apenas os direitos trabalhistas dos profissionais de saúde, mas também a continuidade e qualidade do atendimento à população. Caso contrário, a suspensão dos serviços poderá agravar ainda mais a crise no sistema de saúde do estado.
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