Médicos de UPAs de Belém entram em greve por falta de pagamento

Com a paralisação dos médicos, cerca de 70% dos atendimentos estão suspensos, penalizando a população mais pobre que acessa as UPAs na periferia de Belém. A deputada federal Alessandra Haber declarou que acionará o Ministério Público Federal para investigar o que está sendo feito com 150 milhões que o Ministério da Saúde enviou para a Prefeitura de Belém.

UPAs de Belém em greve.
UPA do Jurunas é uma das que estão com médicos em greve, atendendo apenas 30% da capacidade. Foto: Agência Belém.

Os médicos que atendem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos bairros do Jurunas e Terra Firme em Belém, decidiram paralisar os atendimentos neste sábado (21), segundo o Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). Ainda segundo o sindicato, apenas 30% dos serviços estarão em funcionamento, são eles os casos mais graves, qualificados como laranja e vermelho. Já os casos diagnosticados como leves serão direcionados para outras UPAs. O estado de greve deverá se manter até o pagamento do salário ou de uma nova negociação com a Sesma.

Os profissionais aguardam pagamento de salários que estariam atrasados há 90 dias. Na última segunda-feira (16), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) deu previsão de repasses para a última sexta-feira (20), porém até o presente momento a empresa InSaúde, que gerencia as UPAs não deu sequer posicionamento a respeito da promessa não cumprida.

A categoria afirma que o último pagamento realizado foi no dia 13 de setembro, ainda referente ao mês de junho. Os valores deveriam ser repassados em até 45 dias após o mês de plantão desempenhado.

A Sesma afirnou em nota que a paralisação dos médicos também atingiu a UPA da Marambaia desde a última sexta-feira (20) devido a outros problemas relacionados a atrasos no pagamento de salarios de médicos e demais funcionários, porém o Sindmepa afirmou que não foram comunicados sobre a situação no bairro, somente Jurunas e Terra Firme.

A deputada federal Alessandra Haber (MDB) publicou vídeo onde declarou que acionará o Ministério Público Federal para investigar o que foi feito com o repasse de 150 milhões que o Ministério da Saúde destinou recentemente à prefeitura de Belém.

O Portal Estado do Pará Online entrou em contato com o Sindmepa e a Sesma e aguarda retorno para atualização.

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