Marajó Sustentável busca beneficiar 10 mil famílias de seringueiros no Pará

Com ações que promovem inclusão econômica e valorização cultural, o “Marajó Sustentável” se apresenta como um modelo de desenvolvimento que alia sustentabilidade e inovação no coração da Amazônia.

O projeto “Marajó Sustentável” pretende fortalecer a produção de borracha nativa no arquipélago do Marajó, beneficiando cerca de 10 mil famílias até 2026. A iniciativa, que une esforços público-privados, visa integrar a borracha marajoara na produção de calçados e artesanato, além de consolidar a “Rota da Borracha” como um atrativo turístico.

Área de produção utiliza a borracha extraída dos seringais nativos do Marajó

Na última quarta-feira (22), representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e do Polo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais (Poloprobio) reuniram-se em Belém para alinhar estratégias do projeto para 2025. O encontro contou com a presença do secretário da Sedap, Giovanni Queiroz, do secretário-adjunto Wandenkolk Gonçalves, e de representantes do Poloprobio, como o coordenador da marca Seringô, Francisco Samonek, e a artesã Maria Zélia Machado.

Foco no desenvolvimento local

O Poloprobio, por meio da marca Seringô, já é conhecido por produzir calçados e artesanato utilizando borracha nativa do Marajó. Um exemplo disso é a bota entregue ao DJ Alok durante sua visita a Belém no ano passado. Segundo Giovanni Queiroz, o projeto visa garantir uma renda mínima de três salários mínimos aos seringueiros, além de promover a sustentabilidade ambiental

Tênis produzido com a borracha nativa

“A meta é envolver 10 mil famílias no Marajó. Atualmente, cerca de 1.160 agricultores já participam do projeto, atuando como multiplicadores. Queremos que cada um traga mais nove para ampliar esse impacto”, explicou o secretário.

Além de fomentar a produção local, o projeto inclui a instalação de uma fábrica de calçados em Castanhal, na Região Metropolitana de Belém, gerando emprego e aumentando o valor agregado da borracha nativa. A iniciativa também prevê a criação da “Rota da Borracha”, com financiamento do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal. Essa rota turística incluirá municípios historicamente ligados à produção de borracha, como Marituba, Breves, Belterra (onde está Fordlândia, a cidade projetada por Henry Ford) e São Francisco do Pará.

“O Marajó Sustentável une preservação ambiental e geração de renda, com foco no desenvolvimento sustentável do Pará. Queremos integrar a rota ao Plano Turístico do Estado”, destacou Wandenkolk Gonçalves, secretário-adjunto da Sedap.

Com informações de Ascom Sedap

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