Manifestação em Belém reúne indígenas e professores contra políticas educacionais do Governo do Pará

A manifestação de hoje tem um forte simbolismo ao relembrar o episódio de repressão violenta ocorrido no ano passado em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

Foto reprodução

Indígenas do sul do Pará e professores da rede estadual se uniram nesta terça-feira (14) em um protesto em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), localizada na avenida Augusto Montenegro, em Belém. O ato tem como foco as políticas do Governo do Pará, liderado por Helder Barbalho (MDB), que, segundo os manifestantes, ameaçam o Sistema Modular de Ensino (Some) e promovem cortes que impactam a educação pública e os direitos dos profissionais do setor.

Lideranças indígenas destacam que o fim do Some representa um grave retrocesso para comunidades que dependem do sistema para ter acesso à educação em áreas remotas e de difícil alcance.

Professores estaduais também participam da manifestação, denunciando cortes e mudanças que comprometem suas condições de trabalho e a qualidade do ensino público. Eles pretendem usar o ato para pressionar por políticas públicas que valorizem a categoria e assegurem os direitos dos profissionais da educação.

Confira o vídeo da manifestação:

A manifestação de hoje tem um forte simbolismo ao relembrar o episódio de repressão violenta ocorrido no ano passado em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Na ocasião, professores foram alvos de disparos da Polícia Militar durante um protesto contra a aprovação do Projeto de Lei que tratava da Nova Carreira do Magistério.

O PL, criticado por sindicatos e organizações de direitos humanos, é visto como um retrocesso, pois retira direitos históricos da categoria.

Solicitamos um posicionamento da Seduc, que respondeu por meio de nota informando que “é contra todo ato de violência e informa que não é verdade que o Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) será finalizado”. Informaram ainda que as áreas continuarão a ser atendidas pelo programa, que chega a pagar até R$ 27 mil para que professores atuem em localidades remotas. Em média, o professor do Some recebe R$ 23,9 mil.

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