Mãe denuncia negligência médica após morte de bebê em hospital municipal de Novo Progresso - Estado do Pará Online

Mãe denuncia negligência médica após morte de bebê em hospital municipal de Novo Progresso

Recém-nascida precisava de leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não teria recebido atendimento adequado da equipe médica; prefeitura afirma que mulher tinha histórico de gestações de riscos

Uma mãe denuncia um suposto caso de negligência médica no Hospital Municipal de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, que terminou com a morte de sua filha recém-nascida no último dia 19 de julho.

Segundo a denúncia, a gestante deu entrada na unidade hospitalar por volta das 2h da manhã do dia 11/07, apresentando contrações e sinais de trabalho de parto. Após ser submetida a um exame de toque, ela começou a sangrar intensamente e, mesmo sentindo dores fortes, teria ficado até às 7h sem atendimento médico, pois não teria profissional de plantão no local.

Ainda de acordo com o depoimento, ao ser finalmente atendida, ela recebeu um medicamento para interromper o parto, mas, com a retirada do remédio, o trabalho de parto se intensificou. A mãe afirma que enfrentou resistência da equipe para realizar o parto e, somente no dia 15, após implorar a um enfermeiro, foi reavaliada e constatou-se que ela já estava com dilatação.

A bebê nasceu chorando, mas precisaria de cuidados intensivos em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Mesmo com o quadro considerado grave, segundo o relato da mãe, não houve transferência para outra cidade com leito disponível, nem atendimento especializado imediato.

No dia 19 de julho, a recém-nascida morreu. A mãe relata que a filha apresentava sangramento pela boca e glicemia elevada, chegando a 275 mg/dL.

Em nota, a Prefeitura de Novo Progresso lamentou a perda do bebê e disse que a gestante havia sido diagnosticada com histórico de complicações em gestações anteriores. 

“Apesar dos cuidados pré-natais, no dia 11 de julho, a paciente deu entrada na emergência do Hospital Municipal de Novo Progresso, relatando sangramento e contrações. Foi prontamente atendida pelo médico obstetra de plantão, que adotou todas as medidas necessárias para tentar conter o trabalho de parto prematuro”, disse o documento.

“Ainda no dia 11 de julho, foi solicitada vaga para a paciente no setor de obstetrícia, por meio do Sistema Estadual de Regulação. Contudo, não havia disponibilidade imediata. A gestante permaneceu internada por quatro dias, aguardando transferência, o que infelizmente não foi possível. No dia 15 de julho, diante da evolução do quadro, foi realizada uma cesariana de emergência, resultando no nascimento da recém-nascida. Diante da gravidade do quadro clínico da bebê, foi imediatamente solicitada vaga em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal) também por meio da Regulação Estadual. No entanto, devido à indisponibilidade de vagas em todo o Estado, a transferência não pôde ser efetivada. A recém-nascida permaneceu sob cuidados intensivos no Hospital Municipal por três dias, até que, infelizmente, evoluiu a óbito em 18 de julho, em decorrência da piora do seu estado clínico.”

Leia na íntegra:

Leia também: