Durante visita a Belém nesta quinta-feira (13), o presidente Lula (PT) reconheceu que teve dúvidas sobre sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) na capital paraense. Em resposta ao governador Helder Barbalho (MDB), que elogiou sua “coragem” na decisão, Lula afirmou que foi se convencendo da importância de levar o evento para a Amazônia e defendeu que a cidade seja mostrada “do jeito que ela é”.
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O presidente rebateu críticas à infraestrutura de Belém e destacou que a realização da COP30 na cidade reforça o papel da Amazônia no debate ambiental global. “Por que eu faria em São Paulo, se há anos dizem que a Amazônia é o pulmão do mundo?”, questionou.
Lula ainda afirmou que não pretende “enfeitar” Belém para o evento. “Se não tiver hotel de cinco estrelas, durma no de quatro. Se não tiver de quatro, durma no de três. Se não tiver de três, durma olhando para o céu”, disse.
A fala do presidente ocorreu durante a entrega de 1.008 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no Residencial Viver Outeiro. O evento marcou o início da agenda presidencial em Belém, que também inclui anúncios de investimentos federais voltados para a COP30. Na ocasião, Lula reforçou a necessidade de colocar a Amazônia no centro das discussões climáticas e criticou países que, segundo ele, cobram preservação sem cumprir compromissos financeiros.
Além disso, o presidente destacou a necessidade de políticas ambientais independentes de apoios internacionais. “Se eu não fizer desmatamento zero até 2030, eu fracassei. Mas essa é uma decisão nossa, não deles”, declarou. Nesta sexta-feira (14), Lula visitará as obras do Parque da Cidade, que será um dos principais espaços da COP30, e participará do anúncio de investimentos federais para o evento, no Mercado São Brás.
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