Na inauguração do Parque Linear da Nova Doca, em Belém, nesta quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso marcado pela defesa da Amazônia como protagonista mundial e pela crítica ao preconceito enfrentado pelo Brasil em grandes eventos internacionais. Lula relembrou episódios de resistência histórica a obras e transformações, como a construção da Torre Eiffel, para exemplificar que o preconceito é uma barreira constante, mas que pode ser superada.
O presidente citou experiências anteriores, como as Olimpíadas de Barcelona em 1992 e a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, para contextualizar críticas que a região amazônica recebe diante da preparação para a COP-30, que será realizada em Belém em 2025. “Muitos disseram que seria inviável trazer um evento desse porte para cá, porque São Paulo e Rio já têm a infraestrutura necessária. Mas a COP não é um desfile de moda, é um desfile de ideias. Eu quero que o mundo conheça a Amazônia, os nossos rios, indígenas, quilombolas, estudantes, mulheres e trabalhadores”, afirmou.
Lula também ressaltou a diversidade cultural e gastronômica do Pará, destacando a culinária local como uma das mais ricas do país, ao lado da baiana e da mineira. Segundo ele, a COP-30 será uma oportunidade para o mundo conhecer não apenas a floresta, mas também o povo amazônico.
O presidente reforçou ainda a importância de investimentos em saneamento básico e preservação ambiental. “Hoje eu fiz uma coisa sagrada para mim: visitei uma estação de tratamento de esgoto. Se queremos ser exemplo para o mundo, temos que cuidar da nossa casa”, disse, lembrando que a união entre governos federal, estadual e municipal é fundamental para o sucesso da conferência.
Ao final, Lula destacou que a realização da COP-30 em Belém representa a superação de preconceitos históricos. “A partir dessa COP, ninguém vai ter dúvida de que o Brasil é soberano, que não deve nada a nenhum país do mundo. Vamos transformar a Amazônia em motivo de orgulho global”, concluiu.
Leia também: