Luiz Omar denuncia fraudes na FPF e aponta que Gluck Paul tentou manipular assembleia - Estado do Pará Online

Luiz Omar denuncia fraudes na FPF e aponta que Gluck Paul tentou manipular assembleia

Ex-presidente do Paysandu afirma que assinatura de edital foi falsificada e acusa atual gestão de esconder prestação de contas e desviar recursos dos clubes

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O ex-presidente do Paysandu e atual dirigente do Santa Rosa, Luiz Omar Pinheiro, fez uma série de denúncias graves contra o presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul. Inclusive, um pedido de renúncia do mandatário foi protocolado pelo vice-presidente da FPF, Reginaldo Souza, na tarde desta segunda-feira (29). O Estado do Pará Online (EPOL) teve acesso, com exclusividade, aos documentos e vídeos relacionados ao caso.

Segundo Luiz Omar, houve manobras para impedir o questionamento de contas da entidade e fraudes na condução da assembleia geral da FPF, marcada inicialmente para o dia 26 de julho.

Entre os principais pontos denunciados, Luiz Omar afirma que a prestação de contas referente ao ano de 2023, que deveria ter ocorrido em 2024, sequer teve edital de convocação publicado no site oficial da FPF.

Ao tentar aprovar as contas de 2024, Gluck Paul estaria fora do país, participando do Mundial de Clubes da FIFA, nos Estados Unidos. “Ele nomeou o vice, Régis (Reginaldo Souza), para ficar interinamente na presidência e cancelar a reunião, mas depois copiou e colou a assinatura do Régis num novo edital. Pra gente, isso é fraude”, disse Luiz Omar.

Outro ponto levantado diz respeito às procurações enviadas pela FPF para os clubes filiados votarem de forma remota, supostamente manipuladas para manter o controle do colégio eleitoral. “As procurações saíram do WhatsApp e do e-mail da Federação. Os clubes nem sabiam quem iria representá-los. Entendemos isso como mais uma fraude.”

Durante a assembleia, segundo Luiz Omar, houve descontrole por parte de Gluck Paul, que teria o chamado de “delinquente”. “Delinquente é quem surrupia dinheiro público, e esse não é o meu caso”, respondeu.

Luiz Omar também denunciou que os dirigentes do Santa Rosa foram tratados com desrespeito, inclusive pelo diretor jurídico da FPF (André Cavalcanti), que teria se comportado como superior hierárquico dos representantes dos clubes. “Tivemos que pedir tudo por escrito. Mandaram alguns documentos, mas não mandaram tudo.”

Ele também aponta que o Campeonato Paraense profissional deste ano foi um dos últimos estaduais a acontecer e que o fim da competição, juntamente com o da AMAFUT (Associação dos Clubes), teve colaboração direta da FPF. “A Federação contribuiu para isso. E ainda disseram que não são babás dos clubes.”

Por fim, Luiz Omar contesta a validade do edital da nova assembleia, realizada no dia 30 de julho. “Disseram que o documento precisava ser solicitado por escrito. Mas é porque o edital físico, com assinatura original, não existe. Vamos provar isso. E anular essa assembleia.”

A reportagem procurou a Federação Paraense de Futebol (FPF), mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.

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