Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (27), que contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o líder indígena Poró Borari refutou as declarações do governador do Pará, Helder Barbalho, sobre a existência de diálogo com os manifestantes que ocupam a sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém.
Poró Borari questionou a alegação de que as reivindicações indígenas foram atendidas e destacou a ausência de negociações efetivas. “Sem diálogo até agora. Se está tudo certo, por que o povo ainda continua aqui? Se está tudo certo, por que as BRs estão ocupadas? É porque as coisas não andaram, não teve diálogo”, afirmou.
A ocupação da Seduc já dura 13 dias e reúne mais de 400 indígenas de diversas etnias, incluindo Borari, Munduruku, Tembé, Xikrim e Arapiun. Os manifestantes protestam contra a Lei 10.820/2024, sancionada pelo governador Helder Barbalho, que altera o modelo de educação indígena no estado, substituindo aulas presenciais por ensino online em algumas regiões. Eles exigem a revogação da lei e a retomada do Sistema Modular de Ensino Indígena, que garantia a presença de educadores nas comunidades.
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