O jornalista paraense Lucas Lorran criticou as declarações do cineasta Fernando Meirelles, diretor da série Pssica, produzida pela Netflix e baseada na obra de Edyr Augusto. Em entrevista, o cineasta afirmou que uma das principais dificuldades para rodar no Pará seria a falta de equipes técnicas qualificadas, o que o levou a trazer profissionais de São Paulo para compor parte da produção.
Em resposta, Lorran destacou, em publicação nas redes sociais, que o Pará possui diretores, produtores, atores, atrizes, cenografistas, maquiadores e diversos outros profissionais que vêm construindo um legado audiovisual no Estado. “Formação profissional sempre será bem-vinda, mas não deve ser imposta ou tomada como a ‘nova onda’ do momento por causa de um evento pontual”, escreveu.
O jornalista também pontuou que o setor audiovisual local enfrenta desafios, mas tem conquistas que não devem ser invalidadas pela presença de profissionais externos. “O Pará sempre foi interessante de se contar histórias e, principalmente, protagonizá-las. Mas não de qualquer jeito”, afirmou.
O jornalista paraense Lucas Lorran criticou as declarações do cineasta Fernando Meirelles, diretor da série Pssica, produzida pela Netflix e baseada na obra de Edyr Augusto. pic.twitter.com/JFp2IMXsDm
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) August 25, 2025
Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, durante as gravações de Pssica em Belém, em 2024, Meirelles havia ressaltado que pretende realizar mais dois projetos no Estado. O diretor explicou que, embora tenha levado equipes de São Paulo, também contou com profissionais locais e acredita no crescimento do mercado audiovisual paraense.
“O Pará está entrando na moda, estão filmando cada vez mais por aqui. Hoje mesmo tem dois longas em produção no Estado. Nossa ideia é deixar esse legado de formação”, declarou Fernando.
Segundo Lorran, o debate aberto pela série reforça a necessidade de olhar com mais atenção para o setor. Ele afirmou que pretende encaminhar ao diretor uma lista de produções paraenses que comprovam a diversidade e a força do cinema feito na região.
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